tag:blogger.com,1999:blog-19600825910217737952024-02-07T08:15:34.389-03:00Onda CênicaOnda Cênica nasce da percepção de que é necessário falarmos de teatro. Um espaço para divulgação dos espetáculos que transitam pela cidade de Porto Alegre que atenta para o que não está no padrão cotidiano. Onda Cênica integra o projeto "NÚCLEO ONDA DE ARTISTAS", um coletivo de livre integração de agentes culturais que busca por uma linguagem efetivamente autoral de seus colaboradores, através da pesquisa em diferentes áreas, sem, contudo, perder o carater coletivo e social.Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-30801279574073725152013-01-27T01:40:00.000-02:002013-01-27T01:40:31.278-02:00Reflexões sobre políticas públicas para o setor cultural em 2013<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Inicia-se o
ano, e, espera-se, nova vida. Novos mandatos para prefeitura, novos editais,
novas perspectivas para o setor cultural em diferentes esferas de atuação do
poder público. Momento oportuno de levantar algumas reflexões quanto às
expectativas sobre as ações governamentais que se direcionarão ao fomento à
indústria cultural brasileira, nos seus diversos segmentos e portes econômicos.
Momento também de clarificar, desde já, uma opinião que, acima de tudo, visa
ampliar o espaço de discussão sobre as escolhas dos gestores públicos realizadas
no passado recente, e sob este olhar, apresentar as conseqüências que não
fortalecem, em seus potenciais, os mecanismos já existentes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">MinC<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Comecemos
pelo topo da cadeia: as ações do Ministério da Cultura visando a expansão das
verbas públicas federais destinadas aos setores das artes. Na medida em que se
enxerga a expansão do número de editais e o aumento significativo das verbas,
ainda nos deparamos com uma imensa desproporção na distribuição das receitas
para as regiões geográficas do país. É inegável que a Região Sudeste, tanto em
números absolutos quanto em perspectiva ao seu tamanho econômico e demográfico,
recebe mais recursos oriundos do Minc do que outras regiões. Nesta perspectiva,
a própria Lei Rouanet (ou o futuro Bolsa-Cultura) privilegia em maior escala São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais em comparação às demais unidades
federativas do país. E isto por uma questão muito simples: 90% das empresas
qualificadas para se enquadrar na lei de dedução fiscal estão nestes estados. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Como
aumentar a distribuição destes recursos para outras regiões do país, de grande
atividade cultural, mas com um perfil econômico diferente daquele que permite o
sistema de deduções? Talvez de duas formas: a primeira é o Minc, em seu espaço
decisório, tomar uma postura efetivamente federalista e democrática, e revisar
as cotas de distribuição dos seus prêmios e fomentos na elaboração dos próximos
editais. Há espaço para ações executivas, de comando mandatário – e isto
estamos cansados de ver, com a elaboração de editais extremamente direcionados
– e os novos diretores da Funarte não devem se abster de efetuar medidas de
redistribuição dos fundos culturais. A segunda, aquela que é menos provável de
ocorrer, é que algum deputado federal possa reunir força suficiente na Câmara
dos Deputados e mudar a lei. Qual seria o problema se empresas que arrecadam
seus tributos pelo SIMPLES NACIONAL pudessem destinar seu imposto para
iniciativas culturais? Difícil encontrar resposta para essa dúvida, mas ainda
não encontramos representatividade efetiva no Poder Legislativo, em todos os
níveis.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
Bolsa-Cultura<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A grande
promessa da hora é o Bolsa-Cultura. Cinquenta reais bolso dos trabalhadores
para gastos em livros, CDs, DVDs, ingressos para show, cinemas, e..... teatro!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Esse deveria
ser um grande momento para a ação das forças sindicais dos trabalhadores, tanto
da cultura, quanto das futuras categorias privilegiadas. E explicarei em
seguida. Mas em bom português, para o que realmente nos interessa aqui, pode-se
resumir: da forma como esse programa será implantado, o setor teatral não verá
um centavo!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Comecemos
pela operacionalização sugerida pelo governo, um cartão eletrônico que receberá
a carga com o valor monetário. Obviamente, para o trabalhador beneficiado
utilizar o recurso, terá que se destinar à rede credenciada apta a receber o
recurso eletronicamente. Como será o credenciamento? Através das operadoras de
cartões de crédito. Portanto, o produtor
cultural que se prestar a realizar uma atividade cultural e quiser vender
ingressos recebendo bolsa-cultura terá que se afiliar a uma instituição
financeira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Até aí,
parece simples, basta se afiliar, correto? Mas a verdade é que os custos
operacionais existentes para empresas utilizarem as maquinetas de cartão
eletrônico são extremamente pesados, e só suportam aquelas que possuem volume
financeiro que absorva estas despesas. Seria inviável, como exemplo, espetáculos
que ocorrem na Usina do Gasômetro, ou nos Teatros Municipais de Porto Alegre, venderem
ingressos pelo Bolsa-Cultura. E essa realidade se espalha, certamente, para
todo o RS e para outros estados. Exigiria uma cadeia gigantesca de produtoras
culturais afiliadas, o que financeiramente seria inviável.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Por isso, os
SATEDs nacionais devem permanecer inteiramente conectados com a elaboração da
Lei Complementar que regulará a operacionalização deste benefício, de forma a
defender, de fato, os pequenos produtores culturais, aqueles que realmente
necessitam destas ações públicas que estimulam o surgimento de uma cadeia econômica
sustentável. Se não conseguirem encontrar formas que protejam estes produtores
dessa injusta carga de custos, criar mecanismos plurais e democráticos de
acesso a estes mesmos recursos. (Um exemplo extremamente prático é o que faz a
Associação Brique da Redenção, composta pelos feirantes que vendem seus
produtos na rua José Bonifácio, em Porto Alegre: os clientes que desejam fazer
suas compras com cartões de crédito se direcionam a um caixa centralizado,
controlado pela associação, que, nos fechamentos diários, redistribui os
recursos da vendas para os comerciantes).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Não pensem
que o Bolsa-Cultura não sairá. Com tanta expectativa de ganhos (e só aqui
valeria mais um artigo inteiro), o setor financeiro deve ser o primeiro a
oferecer aos seus trabalhadores o vale, estimulando as demais categorias a
aderirem ao benefício. A expectativa é que, só no RS, por mês, apenas com os
empregados bancários, cerca de R$ 1 milhão seja injetado no setor (em São Paulo
e Rio de Janeiro, o montante é bem superior). Mas da forma como estamos nos
locomovendo, nos sobrarão, novamente, migalhas; o grosso irá para as grandes
redes de cinema, livrarias e mega-produtoras. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Governo Tarso<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Nos últimos
30 anos, a classe artística gaúcha assistiu a um processo de sucateamento do
aparelho público estadual. A ausência de políticas sérias de incentivo à
economia e os erros seqüentes de gestão nos trouxeram um ciclo de abandono das
estruturas físicas públicas, ausência de novos investimentos, e restrições
severas às inúmeras pastas que compunham os diferentes governos. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Nesse
cenário, o óbvio fica ainda mais explícito: a cultura padeceu. Investimentos
extremamente modestos compuseram a pauta de prioridades do setor cultural nos
diferentes governos que assumiram o estado. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Pois o
governo Tarso Genro, através de seu secretário de cultura, o escritor e
professor Luiz Antonio de Assis Brasil, parece querer sinalizar uma mudança
nesta tendência. Neste ano, anunciou
investimento direto de R$10 milhões através do seu Fundo de Cultura e ainda
apresentou projeto de lei à Assembléia Legislativa, propondo majorações nos
percentuais dedutíveis sobre o ICMS para a Lei de Incentivo à Cultura.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Com toda a
certeza, são iniciativas interessantes no sentido de expandir o investimento
público no setor cultural, compreendendo seu imenso potencial econômico e suas
complexidades. Mas estas ações ainda carecem de maior receita (o total
investido pelo poder público estadual na área não corresponde a R$2,50 por
pessoa, tendo em vista a população total do RS) e de medidas específicas que
estimulem o empreendedorismo na área e o fortalecimento de um mercado
auto-sustentável. Nesse sentido, me refiro a um processo de “formação de
público” e de valorização do artista local, que está intimamente ligado com
outra área sucateada: a educação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Por outro
lado, a comunidade artística gaúcha ainda espera uma solução definitiva para a
situação do Centro Cenotécnico do Estado e o Instituto de Artes Cênicas. A
história já foi contada algumas vezes e não é novidade: o antigo prédio que
abriga o importante local de produção cenográfica, possuindo espaço para
ensaios, espetáculos e depósito de material, será destruído por força das obras
de infraestrutura que acontecem na cidade para sediar a Copa do Mundo 2014.
Diante de protestos e mobilizações, o início das obras foi suspenso, e o
governo anunciou que pretende fornecer nova estrutura para abrigar as
atividades lá exercidas. Mas até agora, cinco meses depois, nada foi
concretizado – não se sabe onde será novo Centro Cenotécnico, e nem como será
sua operacionalização. E a demora na tomada de decisão revela, mais uma vez,
que não só investir, mas manter os atuais espaços públicos destinados à cadeia
produtiva artística nunca será prioridade nos atuais modelos de administração
governamentais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Quando há o
investimento, ele é lento, pausado e restrito. É o caso da reforma da Casa de
Cultura Mario Quintana, assumida pelo Banrisul (banco público do estado). A reforma tem se dado em várias etapas,
sempre com ênfase na recuperação da fachada e na manutenção do prédio,
patrimônio histórico arrolado pelo IPHAE. Mas investimentos na infraestrutura
interna, buscando a valorização do espaço e o conforto dos usuários, são
urgentes, e mesmo ocupando a pauta da reforma, estes recursos ainda não foram
destinados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Portanto, o
caminho ainda está só no início. Mas certamente, depois do trauma gerado pelo
governo Yeda, através do arrocho promovido pela secretária mão-forte Mônica
Leal (que, vejam só, odiava teatro, mas amava ver cavalos sofrendo nas praias
nos bizarros rituais modernos gauchescos), podemos novamente ter esperanças a
partir das ações do governo atual.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O Grande Castelo
de Areia das Artes Cênicas de Porto Alegre<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Porto Alegre
vive uma situação específica bastante interessante no ponto de vista de
resultados de escolhas de gestores públicos. Enquanto vemos medidas de sucesso,
que estimulam o crescimento de uma “massa” interessada na produção artística
local, enxergamos também a decadência das estruturas físicas públicas e o
enfraquecimento da credibilidade dos processos públicos de seleção e fomento.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> É inegável o
esforço nos últimos vinte anos dos agentes públicos que integram a pasta:
diante da escassez cada vez maior de receitas, pequenas reformas foram feitas
nos teatros municipais, o projeto da Descentralização da Cultura se fortaleceu
com oficinas e espetáculos em circuito, o Fumproarte se solidificou como uma
importante via de financiamento público à produção artística gaúcha. Da mesma
forma, se enxerga um esforço nos meios de divulgação e a promoção de diferentes
eventos gratuitos, entre festivais, simpósios e intercâmbio com artistas de
outros estados e países. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Entre as
ações solidificadas, que deveríamos proteger e lutar pelo crescimento, destacam-se
o Festival Porto Alegre em Cena e o Projeto da Descentralização da Cultura. O
festival, que em breve celebrará duas décadas de existência, pode ser
considerado hoje o maior evento do gênero do Brasil e um dos maiores da América
Latina. Através dele, anualmente, a comunidade gaúcha, pouco acostumada com experiências
cênicas internacionais, tem a oportunidade de celebrá-las, sejam clássicas ou
contemporâneas, principalmente através da dança, do teatro ou pela música. Além
disso, poucas iniciativas conseguem ser tão eficientes no ponto de vista
econômico: mais de 70% das verbas são arrecadadas junto à iniciativa privada
(por dedução fiscal ou não), Minc e Secretaria Estadual, reduzindo assim em
cerca de 30% o investimento direto do caixa da prefeitura. Mais de R$ 2 milhões
de reais são distribuídos ao mercado gaúcho, seja a artistas, produtoras ou
prestadores de serviços por atividades que exercem ao longo dos breves 15 dias
de realização. Beneficiam-se, além do público, que tem a oportunidade de
assistir os eventos a preços acessíveis, comércio, rede hoteleira,
restaurantes, transportadoras e centenas de prestadores de diferentes tipos de
serviço. Esta estrutura deve ser defendida, com ênfase, por qualquer novo
administrador que, por ventura, ouse assumir a difícil tarefa de manter o Festival.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> O Projeto da
Descentralização da Cultura leva espetáculos de teatro, dança, circo e música,
além de diversas oficinas, para as regiões da cidade afastadas dos bairros
centrais onde se concentram as manifestações artísticas. Representa uma
importante iniciativa de inclusão social, além de contribuir para a difícil
tarefa que a educação pública enfrenta em seu cotidiano. Com o projeto da
Descentralização, pôde se comprovar que arte e educação são elementos que
caminham juntos na idéia da pluralização do conhecimento e do respeito às
diferenças.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Porém,
quando nos voltamos para as instalações do </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Centro Municipal de
Cultura Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> (local construído em 1978 que sedia a Sala Álvaro
Moreyra, o Teatro Renascença, o Atelier Livre, a biblioteca pública municipal
Josué Guimarães), temos uma total descrença no verdadeiro interesse dos
governos na cultura. Cadeiras e assentos quebrados, varas de iluminação
interditadas, palcos afundando, banheiros fechados para o uso do público,
roubos nos camarins e ar-condicionado com defeito são alguns dos inconvenientes
que o público é obrigado a suportar para poder assistir teatro. Como querer que
haja público se não cuidamos do nosso próprio espaço? No Teatro de Câmara Tulio
Piva, ainda mais antigo (construído em 1970 e reformado duas vezes, em 1999 e
2005), a situação é ainda mais triste: o telhado, ainda em estrutura de galpão,
não resiste a intempéries, chegando ao ponto de espetáculos serem cancelados
por desabamento parcial da estrutura. A cortina não fecha, os camarins têm
problemas hidráulicos e a parte técnica pede reparos com urgência. Um teatro
deve ser um local de celebração, de encanto, para a catarse, e não um espaço
desconfortável que o artista precisa lutar contra inúmeros percalços para
alcançar a plenitude de sua vocação.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Em matéria
de seleções, a Coordenação de Artes Cênicas de Porto Alegre tem sido confusa e
arbitrária. Os resultados da seleção de projetos passam cada vez mais por avaliações
imensuráveis – nunca se sabe, ao certo, quais são os critérios a serem
adotados. Um dos programas que avançou muito neste sentido foi o Fumproarte:
todo realizado pela internet, o proponente tem a oportunidade de acompanhar as
etapas e avaliações de seus projetos diretamente no site da prefeitura. Porém,
até aqui, verificamos um certo descompromisso por parte dos avaliadores, não
dando explicações em seus pareceres ao não pontuar os projetos com notas
máximas. Ora, toda a avaliação deve partir de que a nota é máxima: se desconta
na medida em que se identificam falhas com seu devido esclarecimento. Mas
muitas avaliações são atribuídas sem emissão de qualquer despacho ou nota
técnica. Isto é objetivo? Ou melhor, democrático?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> É óbvio que
qualquer seleção tem, em última instância, a subjetividade dos julgadores como
instrumento decisório. É impossível, principalmente na arte, utilizar somente
meios técnicos para a escolha de projetos contemplados. Mas a técnica,
geralmente, caminha com a verdade e com a justiça. Se abrirmos mão dela para
escolhermos nossos camaradas da vez, todo um sistema de financiamento público
está desmoralizado e corre o risco de ruir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Outros
editais ainda apresentam direcionamentos alarmantes e resultados questionáveis.
A última estranha situação foi o Edital para “Novos Talentos” (e aqui, já nos
deparamos com uma pergunta saliente: o que seria um “Novo Talento”?). No
edital, estariam qualificados artistas que estão em início de carreira e que “não
lograram consagração pelo público e pela crítica especializada”. Mas ora, ora,
vejam só: o vencedor foi um ex-jurado do Prêmio Açorianos 2012, o prêmio mais importante
do teatro portoalegrense. Como alguém pode saber tanto para ser jurado e pouco
para ser “Novo Talento”? Fruto das arbitrariedades da CAC, do” compadrismo” que
impregna as estruturas éticas da sociedade brasileira.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Para
terminar, como não falar da nova jogada da atual prefeitura? Chamou para ocupar
o cargo de Secretario Adjunto de Cultura ninguém mais que o presidente do
SATEDRS. Uma bela estratégia para amordaçar os instrumentos de reivindicação e
fiscalização. Convocar o presidente de um sindicato para assumir função pública
é aparelhar as organizações independentes, além de representar um ataque à
democracia, em primeira análise. Cabe ao Sr. Presidente, em uma atitude ética,
escolher qual lado ocupar. Ou continua sua ação sindicalista, ou assume funções
públicas. Um sindicato não pode estar satisfeito, e estar dos dois lados é
estar em cima do muro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Enfim, são
apenas reflexões. Impressões de um cidadão qualquer que se honra em participar
destas estruturas mencionadas, acreditando que o debate e a valorização da arte
são mecanismos evidentes de desenvolvimento social e econômico. E um agente
cultural que anseia por novos rumos, mais favoráveis, que estimulem a
autocapacitação dos artistas, que seguem, infelizmente, juntando as migalhas
lançadas ao vento.</span><o:p></o:p></span></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-3880533905514708342012-12-13T05:20:00.002-02:002012-12-13T20:01:39.892-02:00AÇORIANOS 2012<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br />Nesta sexta-feira, serão conhecidos os vencedores do prêmio Açorianos e Tibicuera 2012, os principais prêmios de teatro adulto e infantil distribuídos no cenário gaúcho. A cerimônia será realizada no Teatro Renascença com apresentação de Zé Adão Barbosa, Kátia Suman e Lauro Ramalho.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">As performances artísticas serão apresentadas pela Cia Rústica, com direção de Patrícia Fagundes, um número da Ópera Dido e Eneas, com direção de Camila Bauer, uma palhinha de Tonho Crocco, dirigido por Bob Bahlis e a apresentação do Bloco da Laje. Depois, a festa segue no saguão do Centro Municipal de cultura – Lupicínio Rodrigues com a discotecagem de Roger Lerina.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">CONHEÇA OS INDICADOS OOS PRÊMIOS AÇORIANOS DE TEATRO, TIBICUERA DE TEATRO INFANTIL E MAIS TEATRO REVELAÇÃO 2012.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br />PRÊMIO TIBICUERA DE TEATRO INFANTIL<br /><br />Melhor Espetáculo<br />Aventuras no Fundo do Mar</span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-ash4/305517_411715985565401_287410863_n.png" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://4.bp.blogspot.com/-jgNv_jwla_I/UDbcWFF8zrI/AAAAAAAAAm8/6VMKU_4ex10/s320/4452_120_FABULAS_EM_4_TEMPOS.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Maria Teresa e o Javali</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://m1noticias.com.br/m1/img/9859/1.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br />Melhor Direção<br />Marcos Chaves, por Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine<br /><br />Raquel Grabauska, por Maria Teresa e o Javali<br />Rossendo Rodrigues, por Aventuras no Fundo do Mar</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br />Melhor Ator<br />Evandro Soldatelli, por Para sempre terra do nunca</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFsiX75VaajPkGVSQv-XOBmnPftJk-acy-kIr_5lufPzTOyRZr0CVhv9HGj8Fqr7G20w6uNreAM0NAkgqqzSFOi_xr2eEJaklokDQ4cuo1RmCg-81C54xUCtYCuKtMNdgXbUwBQpbzZ0Z3/s320/LR_00513.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Philipe Philippsen, por Porto Alegre no Livro das Crianças Perdidas</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img alt="Philipe Philippsen" src="http://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc6/c0.22.160.160/p160x160/623592_100000443075883_738164585_n.jpg" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Plínio Marcos Rodrigues, por Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://www.donaflorcomunicacao.com.br/wp-content/uploads/2012/08/Fabulas_-credito-jorge-scherer.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Vinícius Petry, por Maria Teresa e o Javali </span><span style="background-color: white;"><br style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;" /><b style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></b><img height="212" src="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/13794380.jpg?w=620" width="320" /></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br />Melhor Atriz<br /><br /><br />Márcia do Canto, por O mundo de Camila, o livro em cena</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img src="http://s2.glbimg.com/umRdDEfo3Ur9D9C-2mFuhpH-m7cZWUQaaiEC1tLVBA9Ioz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/og/rg/f/original/2012/06/27/300marcia_do_canto_o_mundo_de_camila_foto_gilberto_perin.jpg" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Raquel Grabauska, por Maria Teresa e o Javali</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white;"><img alt="Foto: Maria Tereza e o Javali - 2012
Texto de Gustavo Fincler
Grupo Cuidado que Mancha
Direção Raquel Grabauska
Javali! Porco é outra coisa!!! Completamente diferente!!!!!" height="213" src="http://sphotos-e.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/p480x480/381806_2278340292693_1395773627_n.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Tefa Polidoro, por Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/557356_389654461102105_656336377_n.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><b style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></b></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br />Melhor Ator Coadjuvante<br />Leonardo Barison, em Para sempre terra do nunca<br /><br />Ricardo Zigomático, em Aventuras no Fundo do mar<br /><br /><br />Melhor Atriz Coadjuvante<br />Karen Radde, por Para sempre terra do nunca<br />Karen Radde, por “Era uma vez uma História...”<br />Marina Mendo, por Aventuras no Fundo do Mar<br /><br />Melhor Figurino<br />Margarida Rache, por Porto Alegre no Livro das Crianças Perdidas<br />Teatro Sarcáustico, por Aventuras no Fundo do Mar<br />Titi Lopes, por “Era uma vez uma História...”<br /><br />Melhor Cenografia<br />Cláudio Levitan, por Porto Alegre no Livro das Crianças Perdidas<br />Júlio Freitas, por Para sempre terra do nunca<br />Marco Fronckowiak, Maura Sobrosa, Daniel Carvalho, Rafael Araújo, Paulo Cruz e Ateliê GZBL por Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine<br />Teatro Sarcáustico, por Aventuras no Fundo do Mar<br /><br />Melhor Iluminação<br />Casemiro Azevedo, por Aventuras no Fundo do Mar<br />Anilton Souza e João Fraga, por Porto Alegre no Livro das Crianças Perdidas<br />Ronald Radde e Patrik Simões, por “Era uma vez uma história...”<br /><br />Melhor Trilha<br />Alexandre Missel e Marina Mendo, por Aventuras no Fundo do Mar<br />Cláudio Levitan, por Porto Alegre no Livro das Crianças Perdidas<br />Gustavo Finkler, por Maria Teresa e o Javali<br /><br />Melhor Dramaturgia<br />Plínio Marcos Rodrigues, por Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine<br />Rossendo Rodrigues, por Aventuras no Fundo do Mar<br />Gustavo Finkler e Raquel Grabauska, por Maria Teresa e o Javali<br /><br />Melhor Produção<br />Ellen D’avila, por Para sempre terra do nunca<br />Ellen D’avila, por “Era uma vez uma História...”<br />Guadalupe Casal e Rossendo Rodrigues, por Aventuras no Fundo do Mar<br />Paulo Guerra, por Os Três Porquinhos<br />Viviane Falkembach, por Fábulas em 4 tempos ou o fabuloso La Fontaine<br /><br />PRÊMIO AÇORIANOS DE TEATRO 2012<br /><br />Melhor Produção<br />Carol Zimmer por O Linguiceiro da Rua do Arvoredo<br />Fernando Zugno por Inimigos de Classe<br />Inês Marocco, Isandria Fermiano e Martina Fröhlich por Incidente em Antares<br />Morgana Kretzmann e Viviane Falkenbach por Nossa Vida Não vale um Chevrolet<br />Nátali Caterina Karro, Carla Cassapo e Bia Noy por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br /><br />Melhor Iluminação<br />Carol Zimmer por O Linguiceiro da Rua do Arvoredo<br />Daniel Fetter e Fabricio Simões por Os Plagiários – uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Fernando Ochoa por Landell de Moura – O Incrível padre Inventor<br />Fernando Ochoa por Sr Kolpert<br />Lucca Simas e Luciana Tondo por O Feio<br /><br />Melhor Figurino<br />Daniel Lion por O Casamento do Grande mágico Maycon Estalonne<br />Daniel Lion por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Létz Pinheiro por O Linguiceiro da Rua do Arvoredo<br />Marina Kerber por O Feio<br />Rô Cortinhas por Incidente em Antares<br /><br />Melhor Cenografia:<br />Daniel Lion por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Felipe Helfer por O Casamento do Grande Mágico Maycon Estallone <br />O grupo por O Feio<br />Leonardo Fanzelau por Cara a Tapa<br />Zoé Degani por Nossa Vida não vale um Chevrolet<br /><br />Trilha Sonora<br />Arthur de Faria por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Bruno Westermann e Lauro Pécktor por O Linguiceiro da Rua do Arvoredo<br />Celso Zanini, Philipe Philippsen e Martina Fröhlich por Incidente em Antares<br />Mirah Laline por O Feio<br />Simone Rasslan, Mateus Mapa e Diego Silveira por O Baile dos Anastácio<br /><br />Dramaturgia<br />Antonio Costa Neto por O Bom, o Mau e sua Esposa<br />Celso Zanini, Filipe Rossato, Kalisy Cabeda e Philipe Philippsen por Incidente em Antares<br />Diones Camargo por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Julio Conte por Beckett & Bion – Gêmeo Imaginário<br />Patrícia Fagundes e Zé Adão Barbosa por Coração Randevú<br /><br />Ator Coadjuvante- <br />Cassiano Ranzolin por Nossa Vida não vale um Chevrolet<br />Denis Gosch por O Linguiceiro da Rua do Arvoredo<br />Fernando Zugno por Inimigos de Classe<br />Paulo Roberto Farias por O Feio<br />Rodrigo Scalari por Do It<br /><br />Atriz coadjuvante<br />Danuta Zaghetto por O Feio<br />Fernanda Petit por Nossa vida não vale um Chevrolet <br />Gabriela Grecco por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Isandria Fermiano por Incidente em Antares<br />Renata de Lélis por Landell de Moura por O Incrível Padre Inventor<br /><br />Melhor Ator<br /><br /><br />Roberto Oliveira por Um Verdadeiro Cowboy</span><br />
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtaQN6xFP1o1al0P5hkWKwDve_b0XKG_DuZg0L9oe7a66hSLSMFFJ-llAes9s76yRMKurGzleBNHll73kXFHCf5SPGJNOCsTCNZsvG6UBTI3HQhX0RBtnwqf4QPACib3xwAcR2vR6-_MU/s320/_KFL9820Cowboy_110813.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Rossendo Rodrigues por O Feio</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="320" src="http://profile.ak.fbcdn.net/hprofile-ak-snc4/373726_364580210263717_355305910_n.jpg" width="228" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Sirmar Antunes por O Coração de um Boxeador</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img src="http://multimidia2.correiodopovo.com.br/thumb.aspx?Caminho=multimidia/2012/05/01/256765.JPG&Tamanho=250&HW=2" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Vinicius Meneguzzi por Cara a Tapa</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="212" src="http://www.papodecinema.com.br/wp-content/uploads/2012/05/Cara-a-tapa-luciane-pires-ferreira-600x399.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Zé Adão Barbosa por Coração Randevú</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="212" src="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/14217437.jpg?w=620" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Melhor Atriz<br />Larissa Tavares por O Bom, o Mau e sua Esposa</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="212" src="http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSGjpHbBZjs-JWAjbPkJlwq28QMiEH-wP0J2aB78w-PvpXhTWUvGAzhAhDJ" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Martina Fröhlich por Incidente em antares</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/poaemcena/usu_img/foto_elissa_brito_-_incidente_em_antares_(12).jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Patrícia Soso por Cara a Tapa</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="212" src="http://www.ocafe.com.br/wp-content/uploads/2011/07/Patricia-Soso-Cara-a-Tapa-Vai-Cia-de-Teatro.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Tefa Polidoro por (E)Terno</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xeKZRV2KMstkdg1HfDKzD29F1apuuh2p7wEhhzXz_UcdMTzrXSSCcKw5UBp6xdG7RyOoYvHVjhM_0J4d75IdvqiupX8b2box1c8YT8al8ibw4dCP_vZtCvK1bIp7NOaoyekPRr2kufgk/s320/Tefa.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Ursula Collischonn por O Linguiceiro da Rua do Arvoredo</span><span style="background-color: white;"><br style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;" /><br /><img height="213" src="http://www.omoedor.com.br/wp-content/uploads/2012/07/599942_415823638453509_1884462475_n.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Melhor Direção<br />Guadalupe Casal, Jezebel de Carli, Mário Balenti e Marcelo Restori por Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues<br />Inês Marocco por Incidente em Antares<br />João Pedro Madureira por Cara a Tapa<br />Mirah Laline por O Feio<br />Patrícia Fagundes por Coração Randevú <br /><br />Melhor Espetáculo:<br />Cara a Tapa</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO1acf8LAomwu7JLCdOCRSC-_sHK2HpBt1FyoOoOMhuS6dA2LjYSMbiesGGYeucYoXXEUIKLL3ky60VlNzQSn-fEHXWXo8TbPBPpU2qpkE1p4i6V4M37PWpS9qRtxpbJEoV4iOZ5gex7U/s320/cara+a+tapa.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Coração Randevú</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="212" src="http://www.casadeteatropoa.com.br/i/ze-espetaculo.jpg" width="320" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br style="font-size: 15px; line-height: 20px;" /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">O Feio</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="118" src="http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-ash4/c0.0.851.315/p851x315/325513_348295851930445_1602072452_o.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Incidente em Antares</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><img height="213" src="http://www.revistaluminus.com/site/wp-content/uploads/2012/07/90839_CIA_30807.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Os Plagiários– uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues</span><span style="background-color: white;"><br style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;" /><b style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px;"><br /></b><img height="219" src="http://www.portoalegre.travel/site/upload/conteudo/grande_4635_5421.jpg" width="320" /></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /><br />PRÊMIO MAIS TEATRO REVELAÇÃO<br /><br />Melhor Espetáculo<br />As façanhas de Aristão, o desafortunado<br />PT Saudações<br />A serpentina ou meu amigo Nelson<br />To be or not to Beckett <br /><br />Melhor Direção<br />Cândida Bazanella – Edward, o retorno<br />Evelise Mendes – A serpentina ou meu amigo Nelson<br />Gyan Celah – PT Saudações<br />Jocemar Chagas – As façanhas de Aristão – o desafortunado<br /><br />Melhor Ator<br />Alexandre Borin – A serpentina ou meu amigo Nelson<br />Gyan Celah – PT Saudações<br />Marcelo Pinheiro – A serpentina ou meu amigo Nelson<br />Sidnei Pereira – As façanhas de Aristão, o desafortunado<br /><br />Melhor Atriz<br />Camila Rosa – PT Saudações<br />Carolina Diemer – To be or not to Beckett<br />Morgana Rodrigues – Edward, o Retorno<br />Sofia Villasboas – Ensaio sobre a repetição<br /><br /></span><br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
</div>
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
</div>
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><img height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR0t1bXuetba_GEQ1H8LNKtw_bEgo-8-5D1YbLisFmNG4iqPn9z8DKyr2jes6dJrOO7uMMDzBegRURXnt34WGXWFqsIua-nnYaP3PpAjNN9sD2BFWpW_ASz03wjDUz1oDrjoxxc99rlQf4/s200/Adriane+Azevedo+foto.jpg" width="176" /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>COMISSÃO JULGADORA </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>PRÊMIO AÇORIANOS DE TEATRO 2012</b></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="vertical-align: baseline;"></span></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;"><span style="vertical-align: baseline;"><br /></span></span></div>
<span style="background-color: white;"><span style="vertical-align: baseline;">
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial;">Adriane Azevedo - atriz e produtora, coordenadora da Descentralização </span></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial;">do Poa </span><span style="font-family: Arial;">em </span><span style="font-family: Arial;">Cena.</span><span style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">Entre seus mais recentes trabalhos como atriz estão </span><i style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">Um Apólogo</i><span style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">, de </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis" style="background-image: none; font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px; text-decoration: initial;" title="Machado de Assis">Machado de Assis</a><span style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">, </span><i style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">Terno de Reis</i><span style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;"> e </span><i style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">Lendas Gaúchas</i><span style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;">, todos adaptados para a linguagem teatral.</span></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<span style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: center;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://si0.twimg.com/profile_images/710424328/IMAG1308_reasonably_small.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://si0.twimg.com/profile_images/710424328/IMAG1308_reasonably_small.JPG" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Alexandre Dill - ator e diretor, cordena o GRUPOJOGO de ExperimentAção Cênica</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: center;">
<a href="http://www.jornaldeteatro.com.br/imagem/stories/2009/agosto/breno_ketser_saul.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="89" src="http://www.jornaldeteatro.com.br/imagem/stories/2009/agosto/breno_ketser_saul.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Breno Ketzer Saul - Coordenador da Coordenação de Artes Cênicas da Prefeitura de Porto Alegre</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh-fHni2SbbRWZdCUEVNCZ10VnqmJzRZNCOEN-v2A_it3VjaNvfsgNb1_x1l6hdE90htCVVzc_QelAuBiuDZobbOBah2xXpHLdkY3O8_ka9hOX4M3eN5c8vJSV1kT3tib0K_fR1tYHw0Dw/s1600/Fabio+Prikladnicki.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh-fHni2SbbRWZdCUEVNCZ10VnqmJzRZNCOEN-v2A_it3VjaNvfsgNb1_x1l6hdE90htCVVzc_QelAuBiuDZobbOBah2xXpHLdkY3O8_ka9hOX4M3eN5c8vJSV1kT3tib0K_fR1tYHw0Dw/s200/Fabio+Prikladnicki.jpg" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;" width="134" /></a><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Fábio Prikladnicki - jornalista da Zero Hora/RBS;</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"></span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: center;">
<a href="http://www.artistasgauchos.com.br/portal/fotos/GFonseca1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="134" src="http://www.artistasgauchos.com.br/portal/fotos/GFonseca1.jpg" width="200" /></a> </div>
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Gilberto Fonseca - Diretor, Produtor e Professor, dirigiu as montagens "O Avarento" e "Tartufo" do Grupo Farsa.</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ivan Mattos - <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17.149999618530273px;">diretor de teatro e professor da URGS.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17.149999618530273px;"><br /></span></div>
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtxUTBvFrhWgGlE6bJzaZ5YkFicbHctxitL_ApHF9WILnZK9kg3OF5kwU_L3J7EEbwdvyT4FWUwVO1TmDpFWqDYTtFNltkT-jz-xdxaGud0vptHFHuSRtIwwiXk0lEDdynPP7O855_Wcte/s1600/marcia3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtxUTBvFrhWgGlE6bJzaZ5YkFicbHctxitL_ApHF9WILnZK9kg3OF5kwU_L3J7EEbwdvyT4FWUwVO1TmDpFWqDYTtFNltkT-jz-xdxaGud0vptHFHuSRtIwwiXk0lEDdynPP7O855_Wcte/s200/marcia3.jpg" width="128" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Márcia do Canto - </span><span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;">Psicopedagoga, diretora de artes cênicas, atriz e produtora cultural.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/535788_10150683391363543_2087996094_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/535788_10150683391363543_2087996094_n.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'trebuchet ms'; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Michele Rolim - Jornalista do Jornal do Comércio/RS.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBZBbuULW1FgxOTj6mtprWeiKAPSnCiLEYwDO48UdWfqgfufaf1wNQ3F12b1E7wi4sUWn_DMk3-KHBr0Vr51v6TeuVKOzqJENbiLScQzu_Fpfr8px5owbPMteZlFsVaFITVjyI4W4aawg/s1600/renato.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBZBbuULW1FgxOTj6mtprWeiKAPSnCiLEYwDO48UdWfqgfufaf1wNQ3F12b1E7wi4sUWn_DMk3-KHBr0Vr51v6TeuVKOzqJENbiLScQzu_Fpfr8px5owbPMteZlFsVaFITVjyI4W4aawg/s200/renato.jpg" width="150" /></a><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Renato Mendonça - Jornalista e Escritor.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://teatrocomgraca.files.wordpress.com/2011/10/teatro-3-of-8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="http://teatrocomgraca.files.wordpress.com/2011/10/teatro-3-of-8.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"><br /></span></div>
</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Stela Bento - Bacharel em Artes Cênicas pela UFRGS, servidora da Secretaria Estadual da Cultura.</span><span style="background-color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"></span><br />
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-13276431190225363092012-11-27T19:11:00.000-02:002012-11-27T22:15:42.324-02:00ESTREMEÇO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<br />
<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="422" src="http://sphotos-d.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/394993_10151254188603830_1212989841_n.jpg" width="640" /></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<br />
<br />
<i><b>Eu versus Mundo. Eu versus Outros. Eu versus Destino. Eu versus "Eu".</b></i><br />
<br />
Estremeço, o mais novo trabalho da <a href="http://stravaganza.wix.com/estremeco">Cia. Stravaganza</a>, que completou neste ano 24 anos de existência, pode ser encarado como uma pesquisa imagética e fragmentada sobre a "auto-espetacularização" do homem e o confronto dessa condição com a realidade, seja ela vista pelos outros, pelo próprio indivíduo, ou, simplesmente, com o que ela é.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="640" src="http://sphotos-h.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/63810_3954705874095_741310292_n.jpg" width="560" /></div>
<br />
A diretora convidada Camila Bauer, juntamente com o elenco da companhia, mergulhou na dramaturgia de Joel Pommerat em um trabalho continuado que durou um ano, entre leituras e estudos do texto, oficinas com artistas convidados, laboratórios e muitas, muitas horas de ensaio. Entre vários encontros, foram realizados estudos com profissionais como Carlota Albuquerque, Diego Mac, Jeremy James e John Mowat. O espetáculo estreou dia 22, último, e já desperta repercussões nos bastidores da cena teatral gaúcha.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-e.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/252380_3950192961275_324036976_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://sphotos-e.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/252380_3950192961275_324036976_n.jpg" width="300" /></a></div>
<br />
Em cena, temos o palco, praticamente nu. De início, somos convidados a conhecer a vida do homem que se intitula apresentador do show da noite. De cara, somos expostos ao grande mote da obra: a imagem contemporânea de um homem que acredita que sua vida é um espetáculo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-b.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/224118_3950191601241_206647327_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://sphotos-b.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/224118_3950191601241_206647327_n.jpg" width="480" /></a></div>
<br />
Durante pouco mais de uma hora, vemos cenas que narram a vida, as ações, as condições de diferentes personagens, que podem ser apenas "um": o "um" que acredita fielmente que suas ideias irão se sobrepôr às ideias do mundo, o "um" que se defronta com a ausência de sonhos, muitos que se decepcionam e decepcionam. Um homem que quer, a todo custo, ser herói, mas que pode ser como qualquer outro.<br />
<br />
<img height="480" src="http://sphotos-b.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/215828_3950194281308_1691470269_n.jpg" width="640" /><br />
<br />
Desta forma, os atores foram desafiados a se afirmarem enquanto agentes criadores e, em processo, se desconstruírem. Assim, verificamos a construção das diferentes personagens a partir de uma tentativa de desmitificação dos próprios artistas envolvidos, da revisão e reformulação de suas virtudes e do reposicionamento de suas funções.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/423037_3950193681293_602125413_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://sphotos-g.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/423037_3950193681293_602125413_n.jpg" width="480" /></a></div>
<br />
Para os apreciadores das experimentações cênicas que ainda bebem na vanguarda surrealista do século XX, e que hoje nos arriscamos a chamar de Teatro Pós-Dramático, Estremeço é um prato cheio, onde situações, personagens e histórias se apresentam e se misturam, sem raiz cronológica ou racional, tudo regado a inúmeras camadas semióticas que ora confirmam, ora se distanciam das proposições dramatúrgicas. <br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="640" src="http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/604067_3950193241282_1429403103_n.jpg" width="480" /></div>
<br />
Estremeço foi contemplado com o Prêmio Myriam Muniz de Montagem Teatral (Funarte), além de integrar o projeto vencedor do Edital de Fomento ao Trabalho Continuado 2011, concedido pela Prefeitura de Porto Alegre. Fica em cartaz apenas até dia 02 de dezembro, no Teatro Renascença, de quinta à domingo.<br />
<br />
<br />
<br />
-x-x-x-x-x-x<br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /><br />Direção<br />Camila Bauer<br />Elenco<br />Adriane Mottola, Cassiano Ranzolin, Duda Cardoso, Fernanda Petit, Janaina Pelizzon, Lauro Ramalho, Rodrigo Mello, Sofia Salvatori<br />Tradução <br />Giovana Soar<br />Cenografia<br />Élcio Rossini<br />Figurino<br />Cássio Brasil<br />Trilha Sonora Original<br />Nico Nicolaiewsky<br />Iluminação<br />Luiz Acosta<br />Confecção de Objetos<br />Cia gente falante<br />Direção de vídeo <br />Bruno Gularte Barreto<br />Assistência de Direção <br />Matheus Melchionna<br />Preparação Corporal<br />Carlota Albuquerque<br />Cabelos e Maquiagem<br />Elison Couto, by The Cut<br />Assistência de Figurino<br />Duda Cardoso<br />Confecção de Figurino<br />Naray Pereira<br />Efeitos Sonoros<br />Paulo Arenhart<br />Mixagem da Trilha<br />Tiago Abraão<br />Operação de Som<br />Vitório Azevedo<br />Programação Visual<br />Rodrigo Mello<br />Pintura<br />Gelson Radaelli<br />Fotos<br />Vilmar Carvalho<br />Divulgação <br />Lauro Ramalho<br />Projetos<br />Luciana Britto<br />Produção <br />Adriane Mottola, Duda Cardoso, Fernando Kike Barbosa<br />Realização<br />CIA TEATRO DI STRAVAGANZA<br /><br /></span><br />
<br />
<br />
<br />Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-42790951301111473092012-11-16T03:10:00.001-02:002012-11-16T03:10:45.780-02:00Artimanhas de Scapino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/q-kXuHKekgc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Neste domingo, dia 18, chega ao final a 3° e última temporada do ano do espetáculo "Artimanhas de Scapino", montagem comemorativa dos 10 anos da Companhia Teatro ao Quadrado. O texto de Molière na adaptação dirigida por Margarida Leoni Peixoto completará 31 apresentações ao longo de seis meses. Foram três apresentações no Theatro São Pedro, 12 no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana e outras 13 no Teatro de Câmara Tulio Piva, além de apresentações nas cidades de Montenegro, Lajeado e Passo Fundo.<br />
<img height="640" src="https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/255246_472094486143267_371180149_n.jpg" width="640" /><br />
<br />
Este belo trabalho começou a ser planejado ainda em 2010, com dos diretores da companhia, Margarida Leoni Peixoto e Marcelo Adams, de montar o texto clássico francês, a partir da tradução de Carlos Drummond de Andrade. Em 2011, os diretores inscreveram o projeto no Prêmio Myriam Muniz da Funarte. Contemplado, os trabalhos iniciaram naquele ano mesmo, com a criação e o desenvolvimento de todo a concepção. Deste período de pesquisa, surgiram as idéias de figurino, cenário e a escolha do elenco.<br />
<br />
<img height="424" src="http://sphotos-d.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/550495_397116083672768_2052184540_n.jpg" width="640" /><br />
<br />
Em março de 2012 começaram os ensaios diários, que se realizaram no Centro Cenotécnico do Instituto de Artes Cênicas do RS, no Teatro do Museu do Trabalho, na Casa de Cultura Mario Quintana. O elenco, formado por Marcelo Adams (Scapino), Claudia Lewis (Zerbineta), Gustavo Susin (Leandro), Luísa Herter (Jacinta), Carlos Paixão (Argante), Paulo Vicente (Gerôncio), Marcelo Mertins (Silvestre) e Vinícius Meneguzzi (Otávio), tiveram aulas semanais com Marcos Chave, responsável pela trilha sonora e preparação vocal, e com Larissa Sanguiné, que além de assinar as coreografias, foi responsável pela preparação corporal.<br />
<br />
<img height="640" src="http://sphotos-a.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/250735_476613622354924_1624433521_n.jpg" width="441" /><br />
<br />
Em maio, os figurinos foram apresentados: a exuberância das peças e o capricho do acabamento tiveram a supervisão de Claudio Benevenga. Elcio Rossini revelou o cenário, uma referência aos velhos casarões napolitanos do século XVIII. Com todos os elementos e marcações definidas, coube a Fernando Ochoa dar o acabamento com a iluminação especialmente criada para a encenação.<br />
<br />
<img src="http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/182848_455259607817910_463223706_n.jpg" /><br />
<br />
A formação do elenco valorizou ainda mais o texto e as personagens de Molière, na medida em que mesclou jovens talentos com atores experientes, veteranos dos palcos gaúchos. É o caso de Paulo Vicente e Carlos Paixão, que andavam sumidos nos últimos anos, mas que retomaram a cena com o talento específico que somente eles têm: Paulo é o elã em cena, com entusiasmo e carisma únicos. Paixão brinca com o texto e com a comédia, com os tempos e com as suas piadas. Marcelo Adams é o protagonista, Scapino, e não são poucas as pessoas que comentam sempre, ao final do espetáculo, de onde ele consegue tirar fôlego e potência para conduzir as ações do espetáculo.<br />
<br />
<img height="426" src="http://sphotos-h.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/282244_4211990813049_1583493838_n.jpg" width="640" /><br />
<br />
Na ala jovem, estão Marcelo Mertins, Vinícius, Luísa, Claudia e este que vos escreve. Somos cinco jovens com ânimo que só o teatro consegue introjetar em nossas veias, aprendendo com esta incrível equipe que levantou a peça.<br />
<br />
<img height="426" src="http://sphotos-d.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/528560_390986134304505_594609861_n.jpg" width="640" /><br />
<br />
Não são poucos os motivos para não se perder estas últimas apresentações. Nova temporada, só em 2013 (se houver). Além disso, Artimanhas de Scapino é uma grande celebração não só ao teatro e as artes, mas à vida, e todos os encantos que ela nos traz. Uma comédia que além de explorar um universo extremamente divertido e tradicional, emociona o público com sua magia e paixão. Não percam!<br />
<br />
x-x-x-x-x-<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Texto: MOLIÈRE</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Direção: MARGARIDA LEONI PEIXOTO</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Elenco: MARCELO ADAMS, CLAUDIA LEWIS, GUSTAVO SUSIN, LUÍSA HERTER, MARCELO MERTINS e VINÍCIUS MENEGUZZI</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Atores convidados: CARLOS PAIXÃO e PAULO VICENTE</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Figurinos: CLÁUDIO BENEVENGA</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Cenografia: ÉLCIO ROSSINI</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Iluminação: FERNANDO OCHÔA</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Trilha sonora: MARCOS CHAVES</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Letras das canções: MARCELO ADAMS</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Coreografias: LARISSA SANGUINÉ</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Maquiagem: MARGARIDA LEONI PEIXOTO</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Produção e realização: CIA DE TEATRO AO QUADRADO</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px;">Financiamento: PRÊMIO MYRIAM MUNIZ DE TEATRO 2011- FUNARTE</span><br />
<br />
<br />Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-20506387870278886202012-09-25T03:30:00.002-03:002012-09-25T03:30:56.001-03:00OS VENCEDORES DO PRÊMIO BRASKEM 2012OS PREMIADOS:<br />
<br />
- Melhor Espetáculo Juri Popular<br />
Incidente em Antares (Grupo Cerco)<br />
<img src="http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/grupo-cerco-apresenta-201cincidente-em-antares201d-no-predio-centenario-da-engenharia/image_preview" />
<br />
<br />
- Melhor Atriz<br />
Martina Fröhlich (Incidente em Antares - Grupo Cerco)<div>
<br /></div>
<div>
<img height="266" src="http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/poaemcena/usu_img/foto_elissa_brito_-_incidente_em_antares_(12).jpg" width="400" />
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
- Melhor Ator</div>
<div>
Roberto Oliveira (Um verdadeiro Cowboy - Depósito de Teatro)</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<img height="265" src="http://www.funarte.gov.br/wp-content/uploads/2012/06/Um-Verdadeiro-Cowboy-Foto-Kiran-Federico.jpg" width="400" />
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
- Melhor Direção</div>
<div>
Inês Marocco (Incidente em Antares - Grupo Cerco)</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<img height="287" src="http://www.celpcyro.org.br/joomla/images/imagens/In%C3%AAs_Marocco.jpg" width="400" />
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Melhor Espetáculo Júri Oficial</div>
<div>
Breves Entrevistas com Homens Hediondos (Teatro Sarcáustico)</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<img height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM7nekTaN9__CRYhYbxvSH6ETe4XBq4JDTFlpXWtqpwFWyye5Hh7oxTxW7nDo6o32zSBazZ5yhmBe74wi3_Vb4qMRoabpI3RkR3BtSGgIT3IQQm8y2rKzf1pxa8TDFaNzHeOoMGfeXY9I/s400/breves+entrevistas.jpg" width="400" />
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-92071082334335743802012-09-24T19:42:00.002-03:002012-09-25T01:42:52.799-03:00BREVES ENTREVISTAS COM HOMENS HEDIONDOS<img src="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/13465671.jpg?w=620" /><br />
<br />
Breves Entrevistas com Homens Hediondos representou muito mais para o Teatro Sarcáustico do que a realização do Prêmio de Ocupação do Teatro de Arena em 2011 e todas as temporadas de sucesso do espetáculo. Representou a consolidação de um novo formato de trabalho do grupo, que privilegia o desenvolvimento de uma linguagem autoral de seus integrantes e uma formação de uma identidade coletiva, sempre pronta para se reformular.<br />
<br />
Encontrei Daniel Colin em um café na Rua da República, na Cidade Baixa. Não é muito fácil encontrar Daniel com tempo livre, ou qualquer um dos demais três integrantes do grupo (Rossendo Rodrigues, Ricardo Zigomático e Guadalupe Casal). Todos estão envolvidos permanentemente com o teatro, e os quatro desenvolvem trabalhos paralelos aos da companhia. Ricardo chegou vinte minutos depois, vindo de uma aula no DAD.<br />
<br />
A nova formatação do Sarcáustico se tornou uma realidade após o multipremiado espetáculo Wonderland encerrar suas seções. Com a saída definitiva do diretor e dramaturgo Felipe de Galisteo do grupo (radicado em São Paulo), e de outros integrantes, todo o andamento naturalmente passaria a ser centralizado na figura de Daniel Colin. Mas o grupo parece ter compreendido, de alguma forma, que a única maneira de que ele poderia permanecer verdadeiramente vivo seria buscar identidade coletiva em seus trabalhos e projetos.<br />
<br />
Assim, Breves Entrevistas com Homens Hediondos é um trabalho levado a oito mãos, onde todo o elenco atua e dirige. O modelo de dramaturgia adotado favorecia a opção, uma vez que a peça é conduzida por pequenos monólogos. Durante o espetáculo, o público escolhe as cenas que deseja ver, aumentando o grau de risco da execução, outra marca do grupo. Para a peça não virar um Frankstein (como diz Zigomático), Daniel assumiu a direção geral. Dessa forma, o grupo havia encontrado uma maneira o mas equilibrada possível onde todos os integrantes desenvolvessem seus interesses artísticos, mantendo a unidade e a assinatura do Sarcáustico.<br />
<br />
A dramaturgia de Breves Entrevistas é um grande presente para os fãs da literatura de David Foster Wallace, romancista e ensaista norte-americano, morto em 2010. Sua visão bruta e sórdida sobre o comportamento humano e seu estilo de escrita que encadeia rapidamente diferentes pensamentos de maneira irônica influencia boa parte da geração contemporânea de escritores. Foster Wallace sofria de depressão e teria se suicidado.<br />
<br />
Perguntados sobre o futuro do estilo e da identidade do Sarcáustico, Daniel responde: "o estilo é meu, que impus como diretor, e agora os guris estão desconstruindo. Mas não me preocupo com isso. Eu acho que o diretor tem importância dentro do conceito e a estética do trabalho, mas todo mundo quer dirigir, quer escrever, é necessário, e o espaço para fazer isso é dentro do grupo."<br />
<br />
Ricardo complementa: "eu estava numa aula sobre identidade, e estávamos conversando sobre a construção da identidade, e é incrível como a gente usa ela para se manter confortável, mas depois que fixada, o desejo é mudar. Esse é o momento do Sarcáustico, nós achamos a cara do grupo, que é a nossa somada com a do Daniel, mas agora é construir um trabalho autoral de uma forma coletiva."<br />
<br />
Breves Entrevistas com Homens Hediondos concorre essa noite ao Prêmio Braskem 2012.<br />
<br />
<br />
<h6 style="background-color: #e2e2e2; border: 1px solid rgb(0, 0, 0); font-family: verdana, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 5px; width: 429.2833251953125px;">
Ficha técnica:</h6>
<h6 style="background-color: #e2e2e2; border: 1px solid rgb(0, 0, 0); font-family: verdana, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; font-style: italic; font-weight: normal; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 5px; width: 429.2833251953125px;">
Direção, dramaturgia e atuação: Daniel Colin, Guadalupe Casal, Ricardo Zigomático e Rossendo Rodrigues / Atriz especialmente convidada: Tatiana Mielczarski / Cenário: Eder Ramos e Ricardo Zigomático / Figurinos: Daniel Lion / Iluminação: Carol Zimmer / Operação de luz: Maíra Prates / Coordenação de trilha sonora: Rafael Lopo / Trilha sonora pesquisada: Rafael Lopo, Daniel Colin e Ricardo Zigomático / Direção, edição e operação dos vídeos: Thais Fernandes / Vídeo especialmente utilizado: Excertos do filme “O Lamento da Imperatriz” (“Die Klage der Kaiserin”, 1990), de Pina Bausch / Design gráfico: Pedro Gutierres / Cabelos e maquiagem: Márcia Pazzini / Fotografias: Marina Fujiname / Produção internacional: Simone Buttelli / Coordenação de produção e Divulgação: Daniel Colin /Realização e Produção geral: Teatro Sarcáustico.</h6>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-71783051409081015222012-09-22T12:13:00.002-03:002012-09-22T13:04:54.835-03:00ECLIPSE<img height="426" src="http://entretenimento.r7.com/blogs/teatro/files/2012/04/festival35.jpg" width="640" /><br />
<br />
Inês Peixoto fala com uma voz mansa e delicada como só os mineiros têm. Enquanto degusta uma taça de vinho Cabernet, e aguardando sua janta, penne ao molho de rúcula com camarões, ela comenta: "havia um conto que eu realmente era apaixonada, significava muito para mim. Era um texto que me emocionava muito toda vez que eu lia ou usava nos ensaios, e eu queria muito que ele estivesse em cena. Mas ele (Jurij Alschitz) não quis. Foi uma dor muito grande ter que se desapegar de um texto de Tchékhov que me tocava tanto. Esse foi um desafio para nós, que sempre fomos um grupo 'barroco'. Entender que o que ele queria era a filosofia."<br />
<br />
<img height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtyQ5nl2jJQcqFyZ8VFnf1UD82168V3zcx7w_ICoprTALYgLA66hNjyQnjTN_xdmPw1YpZvZFkFuQzhHM3_0HLSGfeMGqWad4gLLZD-oDkZP_pTWEoXnmi1opnaL1ONPnHJ02l7sd6FSM/s640/tio+v%25C3%25A2nia+-+Bruno+Tetto.jpg" width="640" /><br />
<br />
<br />
O projeto Viagem a Tchékhov teve início em 2010 e gerou dois espetáculos diferentes a partir da obra do escritor russo: Tio Vânia (que já esteve em cartaz em Porto Alegre) e, agora, Eclipse. O numeroso grupo Galpão dividiu seu elenco nesses dois projetos. Como já é praxe, contrataram diretores de trajetórias diferentes. O desafio tem sido uma marca nos últimos anos.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Em Tio Vânia, Yara de Novaes já propunha uma linguagem diferente que a que o público estava acostumado em ver da companhia mineira. Agora, em Eclipse, o diretor (e também dramaturgo, cenógrafo, figurinista e treinador) Jurij Alschitz causa um grande choque: palco branco, nenhuma música, nenhum efeito. Em tudo se sugere um não-tempo, um não lugar. Uma pausa no intervalo dos segundos corridos para se extrair o que há de mais racional e filosófico em uma seleta de contos de Tchékhov. Seria o mesmo grupo que encantou recentemente Porto alegre transformando a Usina do Gasômetro em uma aldeia medieval com o espetáculo Till? <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://colunistas.ig.com.br/aplausobrasil/files/2012/04/eclipse.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="http://colunistas.ig.com.br/aplausobrasil/files/2012/04/eclipse.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Eu pergunto: como nascem os projetos dentro do Galpão? Júlio Maciel (integrante mais jovem, diretor de Till), que parecia completamente distraído e alheio a tudo que se passava ao seu redor, do outro lado da mesa, batalhando para vencer todos os camarões do seu prato, responde: "os projetos nascem daquilo que identificamos que estamos precisando. Identificamos as carências e buscamos nos novos projetos dominar aquilo que nos falta.". Inês complementa: "todas as decisões são em reuniões coletivas, discutidas a portas fechadas."<br />
<br />
Eclipse foi montado ao longo de seis meses, com a participação direta do diretor russo em três. Alschitz vinha a cada dois meses ao Brasil e ficava durante trinta dias. Durante sua estadia, o elenco sofria. Cortes e mais cortes de material levantado. O russo parecia querer extrair toda a poesia que os atores poderiam enxergar na obra pesquisada. Alschitz queria o essencial, o questionamento da vida e do futuro que construímos que só a palavra de Tchékhov consegue alcançar. Para o diretor russo, se Tchékhov tivesse conseguido prosseguir com sua obra, o encontro estaria no teatro de Brecht. Talvez por isso uma montagem tão distante de toda a emoção que o público estaria disposto a alcançar.<br />
<br />
<img height="425" src="http://onzedejaneiro.files.wordpress.com/2011/11/023_fotos-miguel-aun_galpc3a3o_nov2011.jpg" width="640" /><br />
<br />
Eclipse tem sua última seção no 19° Poa em Cena nessa sábado às 21h no Theatro São Pedro. Vale a pena conferir. E o próximo desafio do Grupo Galpão já tem nome: Pirandello. E o próximo diretor, que trará dúvidas sobre o que já é dominado, será Gabriel Villela. "Ele quer exatamente mergulhar na explosão do melodrama" diz Inês. Em 2013, mais uma faceta dos trinta anos do Galpão vem aí. E que venham mais trinta para também nos desafiar.</div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-11874461664161301512012-09-21T17:07:00.001-03:002012-09-21T17:09:39.328-03:00CARA A TAPA<br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuczXUHHjJjCdPYVnI_L4yUoFjTI1lFwMCizVol-Gjs4ehUW5IDpsfay8wDviTgCvPyajMxKDz1X-BKFthdQGm-NubydLGvYoe4ZVPWnh5PPjW6O9cBQ5z0O4iWudnsHe0n6xUslulPk8/s1600/caratapa1.jpg" /></div>
<br />
<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH9ByGBh8m0NOHCUn01OaGRQ2RjQBPBkrttx6SdtFv5hkDMcT4naefbQevoQG97rh8RBN5EDMUTPcgwXa6WcNpijQ-qcVdDN2EPFeDgpnddPolUrSeSemhA4sRQ2Mc4xb7FoBuDdpnwy4/s1600/caraatapa2.jpg" /></div>
<br />
O terceiro espetáculo da Vai! Cia de Teatro nasceu na praia. Talvez, estavam João, Vini, Taidje e Laura sentados em uma duna, tomando picolé. Lançando idéias de como se formataria o terceiro espetáculo da companhia, fundada em 2008, surge a grande ideia de transformar o palco dos teatros em em um autêntico balneário sulino.<br />
<br />
Mas como, com um texto que em nada apontaria que os acontecimentos se sucedessem no litoral? A Vai escolheu, entre dez opções, a dramaturgia de Tarcísio Lara Puiati, na edição 2011 do prêmio Carlos Carvalho de Auxílio-Montagem. Um casal em crise, expondo seus conflitos e cicatrizes. Se tivesse escolhido qualquer outra das opções, em nada adiantaria; nenhum texto serviria, na primeira ótica, para a proposta estética do projeto. Foi então que o grupo envolvido no projeto fez uma verdadeira imersão na estética e na linguagem do espaço que convencionalmente chamamos de "praia".<br />
<br />
Nesse sentido, o elenco formado por Cassiano Ranzolin, Frederico Vasques, Laura Leão, Patrícia Soso, Sofia Ferreira e Vinícius Meneguzzi descobriu principalmente no jogo e na pesquisa corporal um universo de signos que compõem o ambiente cênico do espetáculo. Surf, frescobol, futebol, mergulho, banho de sol, areia. A dramaturgia corre paralela, mas em determinado ponto há uma apropriação do espaço e da linguagem sobre a palavra, e o que é encenado ilustra de maneira inusitada aquilo que pode ser sugerido pelos diálogos.<br />
<br />
O segundo desdobramento que a Cia propôs sobre a obra foi uma análise psicológica sobre as personagens. Ego, alter-ego, ID... Dessa forma, as ações e acontecimentos narrados ampliam as possibilidades estéticas sobre sua compreensão, uma vez que são apresentados não apenas os indivíduos, mas as extensões das duas personalidades em conflito. <br />
<br />
Antes da estréia, em julho de 2011, a equipe do espetáculo fez ainda mais duas excursões para o litoral gaúcho. Como todos nós sabemos, ir paras as praias do RS em março, abril, até que dá para encarar. O vento já é bem gelado, mas o solzinho ainda esquenta. A primeira excursão do elenco foi assim: na própria praia foram buscados as composições que poderiam formatar as cenas. A segunda excursão foi mais penosa: pleno junho, o dia mais frio do ano, momento em que o litoral gaúcho se torna inóspito para a vida humana. A equipe técnica assistia, toda encasacada, o elenco de roupinha de praia, batendo as fotos, gravando o teaser e ensaiando a peça completa em plena areia, sobre um frio de 7°C.<br />
<img height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0Fi6Xg73Qq2__GVYW5MhKPOIFO474apZ8VnowctPXj0tyy5s4dUpN0tsn5y93Ed1DBF-iVcFO0THOeKNzx0MM_pZPVWcLIkR__Jh5UmM84RYxw8-n7r5Y_0FgYRc9D0AkuknXTf_OUTE/s640/281955_188185164575993_100001535329819_539347_6902335_n.jpg" width="640" /><br />
<br />
Com certeza a praia que está em Cara a Tapa tem a cara da praia do grupo. E o olhar específico da Vai! sobre este universo, confrontado com um texto que a companhia faz questão de explorar além de seu desfecho, resulta em um espetáculo incrivelmente divertido e repleto de sensações. É um dos espetáculos gaúchos que concorre ao Prêmio Braskem 2012.<br />
<br />
-x-x<br />
Direção: João Pedro Madureira<br />
Concepção: João Pedro Madureira, Vinícius Meneguzzi e Taidje Gut<br />
Dramaturgia: Tarcisio Puiati<br />
Elenco: Cassiano Ranzolin, Frederico Vasques, Laura Leão, Patrícia Soso, Sofia Ferreira e Vinícius Meneguzzi<br />
Coordenação de Produção: Laura Leão<br />
Produtor Executivo: Patrícia Machado<br />
Cenário: Leonardo Fanzelau<br />
Figurino: Carmela Moraes<br />
Iluminação: Gilberto Fonseca<br />
Arte gráfica: Didi jucáGustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-62064407362625210652012-09-18T19:28:00.000-03:002012-09-18T19:28:05.700-03:00PREFIRIRIA NÃO?<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><i>"I
would prefer not to."</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<img height="426" id="il_fi" src="http://blig.ig.com.br/bazoborges/files/2011/09/stoklos_600_21.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /><span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"> </span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"> É com essa frase que Herman Melville (1819 - 1891) coloca em cheque a obediência e o ideal de progresso e cria um herói da resistência passiva em Bartleby, o Escriturário, conto de 1853, publicado na Putman's Magazine anonimamente. É a saga de um funcionário que um dia responde, após a ordem do patrão, com a frase "preferiria não". Um texto rápido, que pode ser lido de diferentes formas, e que apresenta um final trágico diante a postura de sua personagem.</span></i></span><br />
<br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">Considerado por muitos anos uma obra secundária na trajetória de Melville, conhecido por Moby Dick, o conto ganhou real notoriedade após Jorge Luis Borges considerá-lo como uma das obras mais importantes da humanidade. Pelas idéias do texto, poderíamos dizer que diversos autores do século XX beberam deste mesmo impulso: de Bukowski a Beckett, passando por Franz Kafka. </span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span>
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">Denise Stoklos bebe da mesma água em seu monólogo "Prefiriria Não?". Se enlaça em todo o viés político da obra de Melville e descorre 1h45 minutos de uma performance com a assinatura de uma artista que ainda resiste, mesmo que passivamente, às dificuldades de realizar seu trabalho (ou sua obra).</span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span>
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">Bartleby é a trajetória de todo o trabalhador que decide não seguir sua natural condição de obedecer. É uma figura literária que consegue com maestria estar, ao mesmo tempo, dentro e fora do sistema que participa, integra e ao mesmo tempo critica, uma vez que sua resistência gera um conflito incapaz de ser solucionado.</span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span>
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">É uma leitura que pode ser ampliada a toda a classe trabalhadora, levada a se questionar até onde possui efetiva autonomia sobre suas ações dentro de um espaço de trabalho. Mas se deslocarmos, ainda, esta mesma leitura, aplicando-a sobre o âmbito da condição dos artistas dentro do sistema de produção cultural, veremos que o espetáculo de Denise é um duro retrato sobre uma realidade em que profissionais sobrevivem a esparsas migalhas.</span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span>
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">Na noite em que vi Denise e seu espetáculo, estavam na platéia espectadores ilustres: o governador do estado Tarso Genro, em companhia da primeira-dama. Poderia ser uma armadilha para Denise. Talvez fosse a hora de recolher um pouco a artilharia, afinal estava ali o prefeito responsável pelo surgimento do Festival Porto Alegre em Cena. </span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span>
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">Mas o que se viu foram verdades que soavam como incoveniências para qualquer representante da ordem pública e do estado como agente fomentador da cultura. Incoveniências para qualquer representante de uma aristocracia política que segue se ocultando diante os problemas que assolam essa mesma classe operária, que, ao contrário de Bartleby, seguem aceitando, e suportando, todas explorações que as brechas legais permitem em nossa social democracia.</span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span>
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;">São artistas como Denise Stoklos que deveríamos nos inspirar, para além de toda idolatria, preconceito ou não-gosto. Artistas que assumem seu papel e arriscam, diante de uma platéia burguesa, a revelar, através da arte, todas as fissuras do comportamento humano contemporâneo. </span></i></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><i><span style="font-size: small;"><br /></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><i></i></span></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-52118006451544990082012-09-18T14:33:00.000-03:002012-09-18T14:52:37.110-03:00FUERZA BRUTA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://dancingperfectlyfree.files.wordpress.com/2010/06/fuerza-bruta-press-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" id="il_fi" src="http://dancingperfectlyfree.files.wordpress.com/2010/06/fuerza-bruta-press-2.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /></a></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
Fuerza Bruta estará em nossa cidade até dia 22 em Porto Alegre e tem como atração um grande espetáculo de som, luz e efeitos especiais. Não se pode dizer que é propriamente uma peça de teatro; talvez um acontecimento teatral onde técnicas cênicas apoiadas por grandes recursos se misturam e oferecem aos espectadores um punhado de sensações.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
Difícil traçar qualquer paralelo a respeito desse evento, principalmente pelo fato de possuir investimentos superiores a milhões de dolares. Nasce da fusão da energia das raves com a fúria das artes, e propõe, em pouco mais de uma hora, uma série de sequências que mais sugerem um filme de ação, daqueles em que a câmera se move muito mas o espectador não entende o que acontece.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
O público de Porto Alegre, na primeira noite de apresentação, pulou, dançou e saiu bastante feliz por ter em sua cidade um entretenimento nova iorquino. A impressão que dá é que qualquer coisa que possuíse um punhado de dinheiro e que fosse de lá, estaria fazendo muito sucesso aqui. Um verdadeiro achado dos publicitários em um mercado que ainda é carente de exploração, o da cultura no "terceiro mundo".</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
Virtudes e fantasias à parte, é bom que os espectadores gaúchos impressionados com que viram saibam que muito do que é posto em cena em Fuerza Bruta é feito com belíssima qualidade em nossa cidade. O uso aparelhos de Rapel, por exemplo, com atores suspensos, já é, há muito tempo, explorado pelo grupo Falus & Stercus em seus trabalhos.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.angra.rj.gov.br/sapo/_uploads/sig/fotos/mithologiadocla_ff.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="338" id="il_fi" src="http://www.angra.rj.gov.br/sapo/_uploads/sig/fotos/mithologiadocla_ff.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="450" /></a></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
O ilusionismo utilizado em muitos momentos com o uso de cenários e efeitos de iluminação são uma assinatura do grupo Caixa de Elefante, vencedor do último prêmio Braskem com o "A Tecelã"(espetáculo que em 2013 viajará para a europa representar o RS nos grandes festivais). </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.folharibeiraopires.com.br/userfiles/1432_a%20tecela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="399" id="il_fi" src="http://www.folharibeiraopires.com.br/userfiles/1432_a%20tecela.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="600" /></a></div>
O uso de uma piscina com água e efeitos de luz também já foram usados em Porto Alegre por diferentes grupos. A última experiência foi com o GRUPOJOGO, com o seu experimento MedeaMaterial.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<img height="426" id="il_fi" src="http://2.bp.blogspot.com/-S5d_e1qGNk0/TuT1x0KasWI/AAAAAAAABKA/GwfmsoI8ihM/s640/xGrupoJogo_20111114_0040.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /> </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
Para quem ainda ama o circo e todas suas vertentes contemporâneas, Fuerza Bruta pode ser considerado um espetáculo circense, pois no ponto de vista da recepção, a maneira como se estabelecem as relações palco x platéia e a quase nenhuma ligação entre as cenas nos leva à sensação de que esperamos o próximo número, seja da onde ele venha, de cima, por baixo ou pelos lados. Até o clima de espera para o acerto técnico dos elementos que compõem a cena nos é oferecido, algo semelhante como desenozar toda a corda do trapezista ou fechar bem o globo da morte.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
Talvez o grande mérito de Fuerza Bruta é reunir todos esses elementos em um único espetáculo, tudo regado com som e fúria, muita luz, muito efeito, muito dinheiro. Mais um modelo de circo-novo. A cara de uma festa, que não acontece. Dá vontade de ir ver de novo, mas só para tentar achar o que pode dar certo e errado. Não é inspirador, mas é empolgante. Não conquista, não embala, mas anima e é para se divertir. </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
Detalhe: a ficha técnica do espetáculo quer circula o mundo não divulga o elenco. Isso significa que o ator é o que menos importa aqui.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
</div>
<br />
<br style="background-color: #3d85c6;" /><br style="background-color: #3d85c6;" /><span style="background-color: black; color: white;">FICHA TÉCNICA:</span><br style="background-color: black; color: white;" /><br style="background-color: black; color: white;" /><br style="background-color: black; color: white;" /><span style="background-color: black; color: white;">Direção artística: Diqui James / Direção Técnica: Alejandro García / Produção: Diego Weinschelbaum / Produção Executiva: Analia Turuzzi e Liz Hood / Elenco: flutuante / Duração: 60min / Recomendação Etária: 16 anos</span><br />
<br />Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-66478867545128215572012-09-12T03:43:00.000-03:002012-09-12T03:43:33.878-03:00O CASAMENTO DO GRANDE MÁGICO MAYCON ESTALLONE e O FANTÁSTICO CIRCO-TEATRO DE UM HOMEM SÓMuitos costumam deliberar que o teatro brasileiro teve seu real início no começo do século XX, com o surgimento dos primeiros grandes dramaturgos tupiniquins. Pode ser uma verdade para a instituição teatral como é compreendida; todavia, muitos desconsideram que no início do império e até mesmo no período colonial, nosso país teve uma rica tradição artística que trazia a técnica teatral em seu repertório, além de abranger diversas artes. Estamos falando do circo.<br />
<br />
Sim, o circo no Brasil tem sua origem há muito tempo, segundo o professor Zé Carlos de Andrade, em sua tese de mestrado em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo, ciganos de diversas nacionalidades já circulavam por aqui fazendo suas pantomimas, números musicais e encenações. No século XIX, famílias já tradicionais do cenário circense europeu também migraram em busca de novos públicos e se disseminaram por todo o país.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2011/12/2-httpronaldofotografia.blogspot.com201105praca-xv-de-novembro-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" class="size-full wp-image-94570" height="400" src="http://sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2011/12/2-httpronaldofotografia.blogspot.com201105praca-xv-de-novembro-1.jpg" title="Por ronaldofotografia.blogspot.com" width="572" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
Segundo a matéria de Geraldo Hasse para o Sul21 (<a href="http://sul21.com.br/jornal/2012/01/primo-pobre-das-artes-o-circo-respira/">http://sul21.com.br/jornal/2012/01/primo-pobre-das-artes-o-circo-respira/</a>), poucos de nós sabemos que em Porto Alegre o espaço que hoje chamamos de Praça XV foi terreno para o Circo Universal, circo fixo montado em madeira, que teve apresentações periódicas por três anos antes de ser destruído pela Prefeitura.<br />
<br />
<div class="contentheading ">
Para os amantes do teatro contemporâneo e seu experimentalismo, é bastante instigante descobrir que em meados de 1900, no RJ, o Circo Emílio Fernandes montou uma peça em que o Teatro São Pedro de
Alcântara (atual João Caetano) era completamente inundado e que os
atores representavam embaixo d’água e sobre pontes construídas
especialmente para o espetáculo, conforme a professora Erminia Silva, autora do livro"Circo-teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade circense no Brasil".</div>
<div class="contentheading ">
<br /></div>
<div class="contentheading ">
Se os dias atuais não tem sido animadores para o fortalecimento da indústria circense, obrigando os artistas a se adaptarem ao "circo novo" e suas exigências mercadológicas, a alma do artista circense continua intacta. A pureza de seu talento e a alegria que sempre contagiou as platéias, independente das circunstâncias, evoca os princípios mais nobres do ofício artístico. Para o circense, parece não haver situação ruim: dois já é público, dez é multidão. E a satisfação das platéias é tão plena que é como se realmente, houvesse estado ali, uma multidão.</div>
<div class="contentheading ">
<br /></div>
<div class="contentheading ">
-x-x</div>
<div class="contentheading ">
<br /></div>
<div class="contentheading ">
O 19° Poa em Cena nos presenteia com dois espetáculos gaúchos que se fundamentam no universo do circo em suas concepções, falando, principalmente, sobre a alma dos artistas. Ambos tem produções muito cuidadosas, com detalhes bem resolvidos em todos os elementos visuais. Concorrem ao Prêmio Braskem 2012.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="395" id="il_fi" src="http://www.radioguaiba.com.br/blogs/mundocultural/wp-content/uploads/2012/03/KFL_6013__O_Casamento__Foto_Kiran__Debora_e_palhacos__BR.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /></div>
<br />
<div class="contentheading ">
<br />
O Casamento do Grandre Mágico Maycon Estallone parece se utilizar de uma história, quase um folclore, e investe em uma imersão pelo interior das antigas lonas dos pequenos circos que percorriam os quatro cantos dos continentes. Famílias de artistas não tão bons, com números piores ainda, mas dedicados ao seu único ofício - talvez por que não serviam para mais nada. A dramaturgia se apropria daquilo que não pode ser bem executado e o resultado é o envolvimento imediato da platéia com o objetivo do enredo. </div>
<div class="contentheading ">
<br />
Os arquétipos típicos do ambiente circense são amplamente utilizados, e os cenários e figurinos nos convidam a ingressar em outro ambiente, algo, deveras, remoto em nossas lembranças. Todos os atores tocam instrumentos, bem ou mal (sempre propositadamente). Faz parte da brincadeira explorar o que não dá certo.<br />
<br />
A realização do Circo Girassol tira proveito daquilo que é mais singelo e puro dos picadeiros para construir uma produção focada em quem tem a alma do circo na sua essência e se emociona vendo pessoas unidas nos antigos clãs, preservando um conhecimento milenar de nossa humanidade.<br />
<br />
<h6>
Ficha Técnica:</h6>
<h6>
Elenco: Tuta Camargo, Hálida Maria, Débora Rodrigues, Dilmar
Messias, Diego Steffani, Álvaro RosaCosta, Andréa Farias, Vinicius
Petry, Mariana Velhinho, Jéferson Rachewski / Trilha sonora: Arthur de
Faria / Preparação musical: Simone Rasslan / Professores: Alex Prinz
Anjinho (trompete, trombone, tuba, bombardino), Fabio Stone (clarinete,
sax), Josemir Valverde (violoncelo) / Figurino: Daniel Lion / Cenário:
Felipe Helfer / Iluminação: Fernando Ochôa / Adereços: Diego Steffani /
Planejamento gráfico: Frederico Messias / Ilustração: Fábio Zimbres /
Produção: Circo Teatro Girassol / Duração: 75min / Recomendação etária:
Livre </h6>
<h6>
</h6>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ofantasticocircoteatro.files.wordpress.com/2011/10/kfl_7850.jpg?w=680" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="679" id="il_fi" src="http://ofantasticocircoteatro.files.wordpress.com/2011/10/kfl_7850.jpg?w=680" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="451" /></a></div>
<br />
Se O Casamento de Maycon embarca em um universo coletivo, O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só, como o próprio nome diz, fala de um artista só. Mas que pode ser vários, a hora que quiser, e por isso representa todos. Todos aqueles que conhecem e respeitam suas origens dentro de suas trajetórias.<br />
<br />
O espetáculo mescla a biografia do multiartista Heinz Limaverde com elementos ficcionais, ao melhor estilo "Big Fish". Heinz surgiu do universo circense, e o espetáculo explora esse ambiente em diversos signos, transformando o palco em um pequeno circo-teatro.<br />
<br />
A obra dá prosseguimento à pesquisa da Cia. Rústica que investe na temática do "show" na construção de sua linguagem e, no campo da dramaturgia, se utiliza relatos pessoais do atores. É pouco mais de uma hora embarcado nas correntes de um mundo que parece não mais existir, feito de fragmentos de memórias individuais ou coletivas.<br />
<br />
Delicado e bruto, O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só estará em cartaz no dia 22, mais uma opção local dentro da grade do festival.<br />
<br />
<h6 style="font-weight: bold;">
Ficha técnica:</h6>
<h6 style="font-style: italic;">
Direção:
Patricia Fagundes / Iluminação: Lucca Simas / Autor: Heinz Limaverde e
Patricia Fagundes / Elenco: Heinz Limaverde / Trilha sonora: Simone
Rasslan / Cenografia: Juliano Rossi / Figurinos: Daniel Lion / Adereços,
cores da cenografia e programação visual: Paloma Hernandez / Produção
executiva: Priscilla Colombi / Duração: 65 minutos</h6>
<br />
<br />
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-42555827781471491052012-09-11T17:46:00.002-03:002012-09-11T17:46:29.482-03:00<img alt="" class="spotlight" height="424" src="http://a2.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc7/333526_524374507589357_1514174144_o.jpg" width="640" /><br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: large;"><span class="fbPhotosPhotoCaption" id="fbPhotoSnowliftCaption" tabindex="0"><span class="hasCaption">Fuerzabruta - estreia transferida para dia 16, às 18h<br /> <br />
A primeira função do espetáculo argentino Fuerzabruta será transferida
do dia 15, às 22h, para dia 16, às 18h, em razão do atraso na chegada da
carga cenográfica. Não é preciso trocar o ingresso para ter acesso
garantido à nova sessão, das 18h.<br /> <br /> Todas as demais datas estão mantidas conforme divulgado.<br /> Mais informações: 3235.1120 (telefone do porto alegre em cena) ou 40031212 (ingresso rápido).</span></span> </span></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-77370878401485051782012-09-10T16:34:00.000-03:002012-09-11T00:59:42.869-03:00Vuelo a Capistrano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<br />
Crítica escrita para Blog Oficial do Festival Porto Alegre em Cena:<br />
http://poaemcena.blogspot.com.br/2012/09/vuelo-capistrano-por-gustavo-susin.html<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i261.photobucket.com/albums/ii51/guerreroink/2011/2011%20Blog/san-juan-capistrano-swallows.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" id="il_fi" src="http://i261.photobucket.com/albums/ii51/guerreroink/2011/2011%20Blog/san-juan-capistrano-swallows.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="263" /></a></div>
Todo o ano, no dia 19 de março, San Juan de Capistrano, uma cidade pequena do estado da Califórnia, Estados Unidos, comemora o St. Joseph's Day. Nesse dia, uma grande missa é celebrada na praça central da cidade dando boas vindas as andorinhas migratórias vindas da América do Sul. Essas andorinhas partem dos países do Mercosul e chegam a percorrer 12 mil quilômetros em uma velocidade média de 60km/h atrás de calor e alimentos. Um grande e incrível voo representando a busca pela sobrevivência.<br />
<br />
<br />
É esse voo que Pablo (Walter Reyno) quer dar, mas já não consegue. Vuelo a Capistrano é um espetáculo uruguaio dirigido pela sempre bem vinda diretora e atriz Patricia Yani, sendo uma obra essenciamente naturalista, em sua concepção e estilo interpretativo. O texto é um melodrama do argentino Carlos Gorostiza, e se passa todo no intervalo de uma tarde, em um único ambiente. Um pintor de idade avançada não consegue, há alguns meses, dar prosseguimento à sua obra ao saber que possui uma doença terminal. Em um diálogo profundo sobre o existencialismo humano, a resistência ao envelhecimento e a espera pela morte, o pintor tenta encontrar meios de prosseguir sua vida sem que essa informação influencie o mínimo seu cotidiano e a vida das pessoas que o cercam.(Detalhe: Carlo Gorostiza tem 92 anos e devido a idade avançada e suas condições de saúde, ainda não pôde ver sua obra encenada, que muitos já dizem ser autobiográfica).<br />
<br />
Se for possível traçar um paralelo a respeito da dramaturgia, a obra do escritor argentino lembra os livros do português José Saramago, em especial "Intermitências da Morte", onde o tema da finitude é extremamente explorado. Como lidar com a notícia de que a morte está por vir e já não há mais nada a fazer? Como prosseguir a vida, dia após dia, sem transformar o tempo em um longo martírio?<br />
<br />
Pablo (Walter Reyno) já não tem mais forças para prosseguir. Agoniza. E o gorjeio das pombas que rodeiam sua casa representam o grito desesperado de sua sensação de mediocridade. Sua agonia é interrompida por sua mulher atual, Emilia (María Filippi), que se esforça em valorizar o trabalho do artista e mantê-lo resistente e forte ao enfrentar seu destino, e sua ex-mulher (Maribel García), com qual teve uma filha, a qual já não vê o pai há mais de seis meses. Eis então que surge uma andorinha, machucada, ainda com vida, que reacende a chama criativa do pintor e que o faz retomar sua essência vital: a arte.<br />
<br />
A equipe do espetáculo é velha conhecida do Em cena. A encenação é objetiva e eficiente, sem rodeios, justamente como a personalidade da diretora Patricia Yani. Cenário, iluminação, figurino, todos os elementos cênicos estão a serviço de uma estética que visa reforçar a sensação de realidade absoluta. Quanto as atuações, impecáveis: Walter Reyno explora ao máximo o texto e seus desdobramentos, com um contundente trabalho vocal. María Filippi e Maribel Garcia completam o elenco com firmeza e elegância, como as atrizes uruguaias cansam de desfilar nos palcos.<br />
<br />
Vuelo a Capistrano é uma bonita homenagem a todos os artistas que mantém vivo o sonho de expressar suas angústias e percepções através de suas vocações e talentos, custe o que custar, sobrepassando por tudoe todos, mesmo que a vida possa estar a um fio, a beira do seu fim. É um trabalho para quem é movido pela arte.<br />
<br />
<br />
-x-x-x-x-x<br />
Em breve no Blog Onda Cênica: entrevista com a diretora Patricia Yosi<br />
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-45910413774342793772012-09-09T20:03:00.000-03:002012-09-09T20:04:11.856-03:00Queremos uma Ciclovia<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://bancodeimagens.procempa.com.br/imgs_m/504bcacfe57899.50816846" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://bancodeimagens.procempa.com.br/imgs_m/504bcacfe57899.50816846" /></a></div>
"Eu tenho duas asas redondas" letra de uma das canções do espetáculo. <br />
<br />
<br />
Queremos uma ciclovia é um show musical dirigido para o público infato-juvenil. Estreiou neste sábado (08) no Festival Porto Alegre em Cena. Um espetáculo engajado, que recupera e valoriza elementos do imaginário infantil, propondo uma educação com novas matizes, que englobam a liberdade e igualdade de direitos para modos alternativos de vida. Tem o intercâmbio de artistas brasileiros e uruguaios, o que expande o valor da obra nos campos artísticos e educacionais. As crianças tem contato com um idioma diferente nas canções, além de viajar no universo de signos infantis com as letras bastante lúdicas.<br />
<br />
Em um momento em discutimos socialmente o uso de novos meios de transporte para expandir nossa mobilidade urbana, Queremos uma Ciclovia lembra que a bicicleta faz parte da cultura da maioria das classes sociais, e que reconhecido mundialmente como um excelente veículo para ser utlizado em nossos deslocamentos diários. O espetáculo prepara as gerações futuras para a compreensão de que novas formas de uso dos recursos naturais são necessários e benéficos para nossa sociedade. Um engajamento poético e musical de excelente bom gosto. <br />
<br />
Músicas lindas, com músicos talentosos, mais um belíssimo espetáculo infantil de que enriquece o leque de opções para as crianças e que compôs a grade do Em Cena. <br />
<br />
<br />
<div style="color: red;">
<br /></div>
<div style="background-color: #f4fbf3; border-color: rgb(180, 212, 186); border-style: solid; border-width: 1px; color: red; margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative;">
<b>FICHA TÉCNICA</b></div>
<div style="background-color: #f4fbf3; border-color: rgb(180, 212, 186); border-style: solid; border-width: 1px; color: red; margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative;">
<b>Criação
e Composição: Ana Prada e Queyi / Músicos: Vanessa Longoni (Vocais),
Luke Faro (Bateria), Simone Rasslan (Vocais e Piano), Gustavo Ferreira
(Baixo) e Marcelo Corsetti (Guitarra) / Produção Musical: Marcelo
Corsetti / Duração: 60min / Recomendação Etária: Livre</b></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-3207803730361007352012-09-09T15:03:00.001-03:002012-09-09T15:03:58.475-03:00Nossa Vida não Vale um ChevroletFernanda Petit está na Cidade Baixa, em um bairro de Poa, e entrou em uma loja de cosméticos. Ela faz o check-list: cílios postiços, ok; clareador de pêlos, ok; perfume, não achei; sombra azul, branca e preta (pois Magali é gremista e pq ressalta os olhos), ok; batom vermelho, ok. Chega no Balcão e fala para o atendente: oi! tem esmalte?/ Claro, olha isso!/ Tá mas tem que ser esmalte com cor de puta, por que eu faço uma numa peça!/Sério?/ Não... é... eu faço uma puta num espetáculo...!/ahhh...., sim,........ bom........, temos essa cor,...... Gabriela...<br />
<br />
Sim, a vida é funky. <br />
<br />
x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x- <br />
<br />
Junkie. É esse o papel de Rafael Guerra em "Nossa Vida Não Vale um Chevrolet". De certa forma, não é tão difícil tem a sensação de ser um, mas para se chegar lá de verdade, tem que se destruir de verdade. O negócio é fazer laboratório. Rafa sempre pensa duas vezes: é como seu personagem.<br />
<br />
--x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-<br />
<br />
Cassiano Ranzolin ajuda no figurino de Fernanda Petit. Ele leva para sua colega todas as roupas que as mulheres já esqueceram em sua casa e carro. Brincos, pulseiras, sapatos, jaquetas. As mulheres esquecem as coisas depois de se encontrarem com Cassiano Ranzolin.<br />
<br />
-x-x-x-x-x--x-x-x-x-x-x-x-x-x<br />
<br />
Guiherme Zanela não quer ficar careca. Optou em abrir mão dos cabelos oxigenados e hoje apresenta o mais novo corte de cabelo de seu personagem, Suruba.<br />
<br />
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x--x-x<br />
<br />
Duda Cardoso está experimentando pelo teatro algo que não pôde na vida. Criado numa família só de mulheres, ele tem a possibilidade de viver no palco com uma família com homens.<br />
<br />
-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x <br />
<br />
Talvez esse seja um dia especial para Zoé Degani. A cenógrafa vai ver hoje a última apresentação que será realizada no Centro Cenotécnico. O cenário de Nossa Vida não Vale um Chevrolet foi totalmente concebido para o espaço que deverá ser destruído nos próximos meses para as obras da Copa do Mundo. Parte de sua obra precisará se resignificar, pois parte de seu valor será destruído também, junto com o Cenotécnico.<br />
<br />
Para Zoé Degani, o Cenotécnico é mais que um espaço cultural, é quase sua casa. Há praticamente vinte anos, ela fez do espaço seu barraco, construindo inúmeros cenários para os mais diferentes eventos e espetáculos do RS. Ela torce que o novo prédio do Cenotécnico, prometido pelo Poder Público, saia efetivamente do papel.<br />
<br />
É o que todos nós torcemos, Zoé.<br />
<br />
-x-x-x-x-x--x-x-x-x-x--x-x-x-x-x-<br />
<br />
Esses e outros grandes artistas, com suas lindas histórias, estarão todos reunidos, a partir das 21h, no Centro Cenotécnico, para a apresentação de Nossa Vida Não Vale um Chevrolet. texto de Mario Bortolotto, dirigido por Adriane Mottola. Uma visão romântica e trágica de um submundo onde pessoas sobrevivem à sua maneira, duelando com as ofensas e agressões do destino. É um dos espetáculos que concorre ao Prêmio Braskem 2012. Foi contemplado com os prêmios Fumproarte (Prefeitura de Porto Alegre) e Prêmio Myriam Muniz. <br />
<br />
<br />
<img height="451" id="il_fi" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRBk1es0TEmVtFYFJfe332fEKkFFQGmYLJtV97g4MtvLN3GBmJ9pTtsXwfSKUXrCZNRkZhbEM4yRc1BfkS7Zpk7wxabmRSrUI3TL5RZlEpKYSGZmGt09Vn-qyajKVIT07lHYH4GSCb2-o/s1600/foto.laphoto2288+%282%29.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="679" /><br />
<br />
<img height="335" id="il_fi" src="http://atamafilmes.com.br/wp-content/uploads/2012/08/3_A-Vida-n%C3%A3o-Vale-um-Chevrolet-copy2.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="597" /><br />
<h6 style="font-weight: bold;">
Ficha técnica:</h6>
<h6 style="font-style: italic;">
Texto:
Mario Bortolotto / Direção: Adriane Mottola / Produção: Morgana
Kretzmann e Viviane Falkembach / Realização: Mek Produções / Elenco: Morgana Kretzmann,
Rafael Guerra, Cassiano Ranzolin, Guilherme Zanella, Carlos Azevedo,
Fernanda Petit, Plinio Marcos, Eduardo Cardoso / Música tema: Nei Lisboa
e Mario Bortolotto / Cenário: Zoé Degani / Trilha Sonora: Marcos Chaves / Operação de Som: Vitorio Azevedo / Operação de Luz: Casemiro Azevedo / Figurino: Fabrizio Rodrigues / Fotos: Regina Peduzzi / Preparação de Elenco: Sérgio Etchichury</h6>
<br />Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-71662564646950252012-09-09T04:05:00.000-03:002012-09-09T04:05:14.286-03:00VESTIDO COMO PARECE<div align="center">
A obra de Nelson Rodrigues tem sido muito explorada nos últimos anos no campo da dança. Os mistérios da literatura rodriguiana parece seduzir e inspirar a composição de diversos bailarinos por todo o mundo, em mais uma clara demonstração de que a obra do escritor carioca continua gerando inúmeros desdobramentos. Eis alguns espetáculos de dança que encontra inspiração na obra de Nelson nos últimos anos:<br /><b><span style="color: #cc0000; font-size: 180%;"><br /></span></b><br />
<b><span style="color: #cc0000; font-size: 180%;"><span style="font-size: small;"><span style="color: black;">A NOITE DO MEU BEM - SP (2007)</span></span> </span></b></div>
<div align="justify">
Baseado
na obra de Nelson Rodrigues, o espetáculo A NOITE DO MEU BEM, a montagem reuniu os atores Dinah Perry, que
assina a criação e concepção do trabalho, e Paulo Goulart Filho, que
além de dividir a cena com a atriz, também é responsável pela adaptação
do texto.<br />
<br /><br />
<img height="259" id="il_fi" src="http://www.artistadocorpo.com/dinahperry/fotos/692.gif" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="518" /><br />
<br />
<br />
<br />
<b>
Sete (1999) - SP</b><br />Companhia Paulista de Dança de Ribeirão Preto.<br />
O espetáculo, baseado em sete
contos do dramaturgo Nelson
Rodrigues, foi coreografado pela
americana Patty Brown, dirigido
pela bailarina e atriz Renata Celidonio e
foi apresentado em nove cidades.<br /><br />
<img height="447" id="il_fi" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSn08mswwoIuGpv6PdK4fSla9yPhgvxC8OpNjW3hmoX7UP-QGV0lQI573ejjTvAyRqTFiQdBiZz07zQTrEaorHSSctJngJRbmBiPAfcaTldwg0EReqWHftzQ0QSdQZJenQ8-NRRj9lNe5p/s1600/cia-de-danca-rp.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="686" /><br />
<br />
<span style="font-family: arial; font-size: small;"><b>Valsa em Pedaços - Conexões da Contemporaneidade (2012)</b><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">
- SP<br />Livremente inspirado em "Valsa nº 6", texto que o dramaturgo escreveu
para a estreia de sua irmã, Dulce Rodrigues, como atriz, em 1951. Direção e dramaturgia: Ana Guasque. Com Ana Guasque, VJ Dado França e Diogo Del Nero.
<br /></span></span><br />
<br />
<img height="403" id="il_fi" src="http://sphotos-b.xx.fbcdn.net/hphotos-prn1/c203.0.403.403/p403x403/526340_525473597467852_1350827420_n.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="403" /><span style="font-family: arial; font-size: small;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;"> </span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Teia - RN (2011) </b>Direção de Mauricio Motta. A encenação
criada a partir da obra Dorotéia, de Nelson Rodrigues<br />
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/9vpzwd0Ta3I?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
Valsa N° 30 - PR (2010)</div>
<div align="justify">
<br />A "<strong>Valsa Nº6"</strong>, escrita por Nelson Rodrigues em 1951, foi a escolhida pela <strong>Téssera</strong> Companhia de Dança da UFPR para encerrar o calendário comemorativo dos 30 anos do grupo.<br />
Brincando com o nome da peça e o aniversário da Companhia, o grupo criou a "<strong>Valsa nº30</strong>", peça coreografada por Cristiane Wosniak que mistura dança e teatro.<br />
<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.tessera.ufpr.br/imagens/galeria01/Valsa-30-2011-Coreografia--Cristiane-Wosniak-tessera.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Téssera Companhia de Dança da UFPR" border="0" height="285" src="http://www.tessera.ufpr.br/imagens/galeria01/Valsa-30-2011-Coreografia--Cristiane-Wosniak-tessera.png" width="285" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
O Beijo - Cia Nova Dança 4 (2011) - SP<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/KsEOGqVy88g?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
A Ânima Cia de Dança, cordenada pela coreógrafa Eva Schul, apresentou neste sábado sua homenagem à obra de Nelson Rodrigues com o espetáculo "Vestido como Parece - a brasilidade em Nelson Rodrigues". É um trabalho que se fundamenta nas próprias tradições e virtudes da cia, explorando sua já conhecida pesquisa estética. É um dos espetáculos que concorrem neste ano ao Prêmio Braskem, e Eduardo Severino, ganhador do prêmio em 2010, está no elenco. Opta por não se fixar em uma obra específica e praticamente não utiliza textos. Um estádio de futebol é o cenário fundamental. Os bailarinos se caracterizam em cena. O público saiu animado da apresentação deste sábado. Material com DNA gaúcho que merece toda a atenção.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<img height="400" id="il_fi" src="http://imguol.com/2012/09/06/vestido-como-parece-sera-apresentado-no-festival-que-acontece-de-4-a-26-de-setembro-na-capital-gaucha-1346946163456_956x500.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="766" /><br />
<br />
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<center>
</center>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://2.gvt0.com/vi/DA84__pE6AI/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/DA84__pE6AI&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/DA84__pE6AI&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
</div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-9867345400330068862012-09-07T23:44:00.001-03:002012-09-07T23:44:22.104-03:00OS PLAGIÁRIOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="318" id="il_fi" src="http://sphotos-a.xx.fbcdn.net/hphotos-snc7/s480x480/580094_10151152051366054_883667793_n.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="480" /></div>
<br />
<b>1942</b><br />
<i>"O Sr. Nelson Rodrigues deixou-se levar por seus ótimos dons
literários. Compôs uma obra de mérito, sem dúvida. Mas não faz teatro."</i><br />
Crítica a "Mulher sem Pecado", assinada apenas por IINT, no "Diário de Notícias"
<br />
<b>1944</b><br />
<i>"Essa peça não passou de esboço... Constitui ainda mais uma procura de caminho do que uma realização plena."</i><br />
Crítica a "Vestido de Noiva", de Lopes Gonçalves, no "Correio da Manhã"<br />
<b>1958</b><br />
<i>"Nelson Rodrigues, que há 15 anos surgiu como autor e parecia ser o
renovador da dramaturgia brasileira, orientou-se depois pelo caminho
barato que todos sabem, fazendo o pior uso de suas qualidades. (...) 'Os
Sete Gatinhos', que se enquadra na linha de suas novas tendências (...)
é a pior de todas. Não acreditamos que o autor de 'Vestido de Noiva'
escrevesse aquilo a sério. Por isso recusamo-nos também a levá-lo a
sério, acrescentando apenas que o espetáculo é tão ruim como o texto e
lamentando que o dramaturgo, de quem tanto se esperava para a renovação
de nosso teatro, preferisse concorrer dessa maneira para a sua
desmoralização."</i><br />
Crítica a "Os Sete Gatinhos", de Henrique Oscar, no "Diário de Notícias"<br />
<b>1961</b><br />
<i>"Não estou tentando complicar as coisas. Nelson Rodrigues é
complicado por si próprio. Nunca foi entendido por diretores e críticos.
Entre os últimos eu me incluo. Só agora começo a enxergar com clareza
sua obra. Já escrevi muita besteira sobre ela, pró e contra."</i><br />
Crítica a "Boca de Ouro", de Paulo Francis, no "Última Hora"<br />
<b>1962</b><br />
<i>"A nova peça de Nelson Rodrigues, 'Otto Lara Resende ou Bonitinha mas
Ordinária' (...) dá-nos a impressão de que o autor regrediu como
dramaturgo, pela volta à forma de suas obras menos felizes, como
'Perdoa-me por Me Traíres' ou 'Os Sete Gatinhos'. (...) Falta ao texto
intensidade dramática, a força teatral, aquela qualidade que fez de
Nelson Rodrigues um dramaturgo que pode ser discutido em suas ideias ou
temas mas que em geral se afirma como um autor teatral autêntico. (...)
Muito grave é que Nelson Rodrigues (...) deixe-se agora influenciar pelo
cronista, a pior coisa que pode acontecer a um dramaturgo."</i><br />
Crítica a "Bonitinha mas Ordinária", de Henrique Oscar, no "Diário de Notícias"<br />
<b>1968</b><br />
<i>"Não encontro, por mais que procure, qualquer razão de ser para se
remontar, na época que atravessamos, 'Viúva porém Honesta'. Quando a
peça foi criada, há cerca de 15 anos, ela podia a rigor contribuir para
afirmar na opinião pública a imagem que Nelson Rodrigues havia então
criado a si mesmo: a de um desbravador, de um derrubador de tabus (...).
A peça não passa de brincadeira, inconsequente e boba..."</i><br />
Crítica a "Viúva porém Honesta", de Yan Michalski, no "Jornal do Brasil"<br />
<b>2002</b><br />
<i>"A originalidade de Nelson está justamente numa realidade dramática
impossível de ser contida pela dramaturgia psicológica. (...) Os
personagens pertencem a um universo de signos inquietantes de mundos
interiores com a fatalidade da desilusão."</i><br />
Crítica a "Toda Nudez Será Castigada", de Macksen Luiz, no "Jornal do Brasil"
<br />
<b>2005</b><br />
<i>"Nelson Rodrigues subverte os meios narrativos para quebrar com a
linearidade e encontrar, na inversão de tempo, o substrato da tensão de
um gesto definitivo".</i><br />
Crítica a "Toda Nudez Será Castigada", de Macksen Luiz, no "Jornal do Brasil"
<br />
<br />
<img alt="" class="spotlight" src="http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/423957_3269363032821_427030263_n.jpg" style="height: 315px; width: 472px;" /><br />
<br />
Diones Camargo não desiste nunca. É um resistente.Contraria diariamente a máxima brasileira de que dramaturgo bom é dramaturgo morto (ou quase). Por vezes quis ser ruim e continuar vivendo, mas tem muito talento pra conseguir fazer isso. Outras vezes, quase morreu, mas como quase todo dramaturgo, algum amigo o salvou na hora H. Para Diones, hoje, só há duas saídas: ou viaja para outro país, onde será venerado, ganhará muito dinheiro, terá os holofotes ao seus pés com tapetes vermelhos e orgias oníricas, ou então continua aqui, no RS, trabalhando como um porco para ganhar a ração do mês e seguir a vida provinciana que o cotidiano obriga a todos nós.<br />
<br />
"Nelson Rodrigues era um visionário, louco, pervertido, um verdadeiro inimigo da ordem e dos bons costumes, da manutenção das boas maneiras e práticas sociais, um deturpador da imagem da aristocracia." <br />
<br />
Mas muito poucos lembram que é também um ator, e um grande ator! Diones deu o golpe: fingiu quase morrer. Assim poderia ter um pouco da fama em vida, que lhe seria entregue totalmente na posteridade. Enganou médicos, farmacêuticos, cirurgiões; seu caso era quase perdido. Quando já não se sabia mais o que fazer, o sucesso começou a visitá-lo diariamente. Vinha todos os dias, sempre de um jeito diferente, travestido com mil cabelos, jaquetas, livros, quindins, vestidos e sorrisos. A fama se apiedara de Diones, virou sua querida e já estava se tornando sua amiga confidente. Há, quantos pesares... Oh, quantos clamores e segredos... Então o moleque levantou-se do quarto de enfermo, riu da cara de todo mundo e se apoderou de toda a atenção que o tempo lhe permitisse dar, pois quem quase morre, quase vive, e texto bom é de quem está quase lá.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<img alt="" class="spotlight" src="http://a2.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/399110_3269358232701_1580660116_n.jpg" style="height: 472px; width: 311px;" /><br />
"Até 1935, quando a situação começou a melhorar, os Rodrigues
experimentaram a miséria. Em trecho das 'Memórias', Nelson escreve: 'eu e
toda minha família conhecemos uma miséria que só tem equivalente nos
retirantes de Portinari'. O saldo do período foram as duas tuberculoses de Nelson,
que chegou a ser internado, e a morte de Joffre, aos 21 anos, também
devido à tuberculose. Joffre era o irmão mais próximo de Nelson, ele
dizia que era como se os dois fossem gêmeos."<br />
<br />
<img alt="" class="spotlight" src="http://a8.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/250247_3269327511933_1604673323_n.jpg" style="height: 406px; width: 472px;" /> <br />
<br />
Diones hoje já prepara em segredo sua próxima artimanha. O tempo está passando, o festival também, e todo mundo vai esquecê-lo, como já o esqueceu outras vezes. A fama não o esquecerá, é duro ser enganada, mas ela é amiga de muita gente, e muita gente gosta de tê-la ao lado. Diones não tem muita paciência para ter alguém muito tempo ao lado. Porém, de alguma forma, existe uma sublime e estranha gratidão por tudo, que antes não existia. Esse é o preço de ser tão esperto. Mas com certeza, ninguém vai esquecer que Diones não é só um bom dramaturgo que não desiste, mas um cara que sabe que a vida dá voltas, e que a fama pode voltar. É só dar a ela o que ela quer, maquinar uns truques ali e aqui, e assim se pode desafiar um pouco mais o destino.<br />
<br />
<img alt="" class="spotlight" src="http://a2.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/539152_3269333712088_1484412569_n.jpg" style="height: 316px; width: 472px;" /><br />
<br />
<span style="font-family: arial; font-size: x-small;">"A grande tragédia do teatro é depender do
público. O dramaturgo, no entanto, só realiza sua obra na medida em que
se liberta do público. O romancista e o poeta levam, por isso, grande
vantagem sobre o autor teatral. Essa, é a minha convicção inabalável.</span>" Nelson Rodrigues em entrevista para Folha de São Paulo.<br />
<br />
<br />
Os Plagiários é a mais nova obra do dramaturgo Diones Camargo, e esteve hoje em seu último dia no Festival. As seções esgotaram. É um trabalho único e um ponto de referência na história da criaçao cênica gaúcha. Além disso, é o último espetáculo produzido integralmente no Centro Cenotécnico do RS, que agora espera lentamente o dia em que será demolido por causa da Copa do Mundo. Reúne quatro grandes companhias de teatro do RS - Santa Estação, Falus e Stercus, Caixa de Elefante e Sarcáustico (as premiadas no Prêmio Braskem 2011) e é um marco onde se deve comemorar a comunhão de idéias, esforços e talentos para a produção de algo exclusivo e memorável dentro da trajetória artística do nosso estado. Talvez o fim de um ciclo de caranguejos... Conta com atores experientes e jovens artistas, e tem a direção de Jezebel de Carli, Guadalupe Casal, Mario de Balenti e Marcelo Restori. Comemora o centenário de Nelson Rodrigues. É uma iniciativa que deveria ter (e todos que assistiram torcem), ainda, um belo caminho a percorrer. <br />
<br />
<br />
<br />
<h6 style="font-weight: normal;">
Ficha técnica:</h6>
<h6>
<br />
Direção: Guadalupe Casal, Jezebel De Carli, Mário de Balenti e Marcelo
Restori / Texto: Diones Camargo / Coreografia: Larissa Sanguiné /
Colaboração cênica: Carolina Garcia / Elenco: Alice Maria Paiva, Ana
Luiza Bergmann, Anna Júlia Amaral, Bia Noy, Carla Cassapo, Cris Bocchi,
Camila Vergara, Carol Martins, Elison Couto, Filippi Mazutti, Fredericco
Restori, Frederico Vittola, Gabriela Greco, Jaime Ratinecas, Lívia
Perrone, Manuela Albrecht, Nátali Caterina Karro, Pedro Nambuco, Roberta
Alfaya, Raissa PanatieriI, Rafael Becker, Thaiane Estauber, Viviana
Schames e Valquiria Cardoso / Figurino: Daniel Lion / Trilha sonora:
Arthur De Faria / Preparação de voz: Francis Padilha / Iluminação:
Daniel Fetter e Fabricio Simões / Técnico de Som: Zé Derly / Fotos :
Regina Peduzzi Prostskof / Produção Executiva: Luana Pasquimell /
Realização: Porto Alegre em Cena / Duração: __min / Recomendação Etária:
12 anos</h6>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-52714437425419119742012-09-07T16:32:00.001-03:002012-09-08T13:09:02.042-03:00JULIA<img height="427" id="il_fi" src="http://carmattos.files.wordpress.com/2012/07/julia.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /><br />
<br />
<br />
<img height="427" id="il_fi" src="http://carmattos.files.wordpress.com/2012/03/julia.jpeg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /> <br />
<br />
<img height="480" id="il_fi" src="http://christianejatahy.com.br/wp-content/uploads/2012/05/Screen-Shot-2012-05-03-at-9.19.37-PM-640x480.png" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="640" /><br />
<br />
<br />
<br />
<img alt="" class="aligncenter size-large wp-image-229" height="1017" src="http://christianejatahy.com.br/wp-content/uploads/2011/10/juliamakingof-600x1017.jpg" title="juliamakingof" width="600" /><br />
<br />
<br />
Julia é um espetáculo carioca que teve orçamento de 400 mil reais em sua produção primorosa e apresenta em sua concepção a possibilidade de compartilhá-lo em cinco tipos de linguagens diferentes, que transgridem suas áreas e mesclam os campos da comunicação, arte, produção e literatura.<br />
<br />
Durante quase todos os 70 minutos de cena, estamos expostos a ingressar em cinco meios: o da fotografia gravada, a fotografia ao vivo, a cena teatral, o set de produção e a dramaturgia em si (fora outras possibilidades que podem ser escancaradas).<br />
<br />
A fotografia gravada é o cinema propriamente dito. Durante o todo o espetáculo são projetados vídeos com produção de mais alta qualidade. Os atores contracenam dramaturgicamente com os vídeos, os utilizando como sequência de suas cenas. Com ele somos convidados a fugir literalmente do ambiente teatral e mergulharmos em uma sensação que apenas o cinema nos concede. A história é contada por um mediador: a câmera.<br />
<br />
A fotografia ao vivo é a filmagem da cena que se desenrola no palco projetada para os telões que integram o cenário. Na medida que as cenas se desenrolam, um câmera-man capta as imagens que são transmitidas simultâneamente para os projetores. O resultado é uma experiência encantadora, pois o público acompanha o olhar do mediador, suas dificuldades e suas escolhas. É lógico que grande parte já é marcado e ensaiado, mas a sensação do prática imediata, do fazer "ao vivo" nos é concedida e inquieta os apaixonados pela arte do cinema.<br />
<br />
Como é um espetáculo de teatro, o acontecimento precisa ocorrer, e ele é o fator mais importante da produção. Sem a cena, não há o espetáculo, e quando ela some, o campo do cinema domina o ambiente. E também no campo da cena, somos convidados a assistir diferentes tipos e métodos de construção artística. Por momentos o melodrama se implanta, outros se coloca ações brechtinianas, e a triangulação ora é para o público, ora é para a câmera.<br />
<br />
Nas transições de cena, a sensação é que se reproduz um set de filmagem. É o quarto campo oferecido, o da reprodução do ambiente em que se produz audiovisuais, suas locações, cenários, iluminação, a voz do diretor do filme. Mais um presente para os amantes do cinema.<br />
<br />
Por fim, temos o plano dramaturgico em si, que várias vezes durante a peça se impõe. Palavras são ditas e uma história trágica é contada. <br />
<br />
Julia tem mais duas apresentações no Em cena, hoje e amanhã, às 20h no Renascença. Vale a pena para todos que gostam de espetáculos com projeção e para o público ávido por experiências e intersecções com recursos tecnológicos.<br />
<br />
<br />
<div style="background-color: #f4fbf3; border: 1px solid rgb(180, 212, 186); margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative;">
<span style="font-weight: bold;">FICHA TÉCNICA:</span></div>
<div style="background-color: #f4fbf3; border: 1px solid rgb(180, 212, 186); font-style: italic; margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative;">
<span style="font-weight: bold;">Direção:
Chistiane Jatahy / Texto: August Strindberg / Adaptação: Christiane
Jatahy / Elenco: Julia Bernat, Rodrigo dos Santos e Tatiana Tiburcio
(participação especial no filme) / Direção de arte e cenário: Marcelo
Lipiani / Iluminação: Renato Machado / Trilha Sonora: Rodrigo Marçal /
Figurinos: Angele Fróes / Direção de Fotografia: David Pacheco / Direção
de Produção: Claudia Marques / Duração: 70 minutos / Recomendação
Etária: 18 anos</span></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-56584824868546459252012-09-07T13:37:00.001-03:002012-09-07T13:37:14.049-03:00SNORKEL<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://diegoamaro.com/wp-content/uploads/2011/10/snorkel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="600" id="il_fi" src="http://diegoamaro.com/wp-content/uploads/2011/10/snorkel.jpg" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="425" /></a></div>
<img alt=""Snorkel" é destaque entre espetáculos uruguaios que se apresentam no Em Cena Alejandro Persichetti/Divulgação" src="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/13923620.jpg?w=620" title=""Snorkel" é destaque entre espetáculos uruguaios que se apresentam no Em Cena Alejandro Persichetti/Divulgação" /> <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.teatroelgalpon.org.uy/imgnoticias/1008.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://www.teatroelgalpon.org.uy/imgnoticias/1008.jpg" border="0" src="http://www.teatroelgalpon.org.uy/imgnoticias/1008.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.larepublica.com.uy/publicaciones/101/20110416/images/447936_0.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" id="il_fi" src="http://www.larepublica.com.uy/publicaciones/101/20110416/images/447936_0.gif" style="padding-bottom: 8px; padding-right: 8px; padding-top: 8px;" width="419" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/R16XyPuZgWc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="background-color: #f4fbf3; border: 1px solid rgb(180, 212, 186); margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative;">
<strong>FICHA TÉCNICA:<br />
</strong></div>
<div style="background-color: #f4fbf3; border: 1px solid rgb(180, 212, 186); font-style: italic; margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative;">
<strong>Direção:
Bernardo Trias / Texto: Federico Guerra / Elenco: Victoria González,
Federico Guerra, Sarit Ben Zeev, Bernardo Trias, Ignacio Duarte,
Fernardo Amaral, Daniel Cabrera, Daniel Acevedo e Soledad Frugone /
Iluminação: Adrián Romero / Figurinos: Diego Aguirregaray / Duração:
80min / Recomendação Etária: 16 anos</strong></div>
<br />
<br />
Somos los derrotados. Somos los que no duermen, no comen y no necesitan
abrigo. Somos lo que comiste, digeriste y cagaste. Nos arden las
rodillas. Somos nadie y seremos nadie. Odiamos al prójimo como a
nosotros mismos. Somos todo lo que proyectás en la pantalla. Nuestra
felicidad viene encapsulada. Somos los hundidos bailando en la
superficie... y bailamos bien.<br />
<br />
<br />
Espetáculo do referenciado grupo teatral uruguaio "El Galpón", Snorkel é mais uma das boas atrações do Mercosul nesta primeira semana de Festival. <br />
<br />
O submundo, nome que damos ao espaço onde consegue viver aqueles seres humanos mais marginalizados dos costumes e regras sociais, tem sido objeto de estudo frequente da linguagem teatral. Principalmente nas últimas décadas, confirmando o princípio de que o teatro reproduz e resignifa a realidade, com o aumento da criminalidade e diminuição da qualidade de vida, textos que abordam universos de condições extremas de sobrevivência contemporânea tem sido devorados por artistas ávidos por mudanças sociais.<br />
<br />
Mas Snorkel não nos oferece, felizmente, nenhum tipo de conclusão moral ou intenção de mudar nosso comportamento. A montegem de Bernardo Trias e Federico Guerra nos fazem, nada mais, nada menos, um apunhaladado das transgressões éticas absurdas que nosso cotidiano nos oferece diariamente. Assim, nos deparamos cênicamente, e com formas de tamanha explicitude e realidade, com ocorrências que ignoramos diariamente, por que nos acostumamos com elas.<br />
<br />
Nos acostumamos com o viciado que não tem mais volta, com o policial corrupto, com o marido cruel, com o machismo escancarado. Nos acostumamos com a homofobia, com o desengajamento da juventude, com a morte anunciada.<br />
<br />
Snorkel é um retrato da sociedade, recortada e editada para um programa de TV, onde a apresentadora representa a opinião pública e a moral coletiva. Snorkel joga na cara do público o quanto estamos deixando nos influenciar por aquilo que está distante e o quanto estamos nos distanciando daquilo que é verdadeiramente nosso e está no nosso lado.<br />
<br />
Snorkel tem mais uma apresentação, nesta sexta, às 23h na Sala Álvaro Moreyra. Boa opção pra quem ainda não tem ingresso para hoje!<br />
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-12558233502680664562012-09-06T23:27:00.001-03:002012-09-06T23:29:50.649-03:00DESVIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img class="CSS_LIGHTBOX_SCALED_IMAGE_IMG" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-oBI0yJknjCHbS3hbpcHiZEDn63iAKhn1a55Po_wiEhDgA2bnMJ3Cv_XL82BzNy_KD-i0cdWKW8uvFGNEye4Xyu3IpY3j0IXlrwdT2fevhq9l4eOiFy5EaAv4MtEI4Rzul2XAGQl7UZw/s1600/IMG_7198-2+%281024x683%29.jpg" style="height: 481px; width: 720px;" /> </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="" class="spotlight" src="http://a4.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/484170_426566294032304_1125031759_n.jpg" style="height: 480px; width: 720px;" /> </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="" class="spotlight" src="http://a7.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/224838_426566240698976_1742902985_n.jpg" style="height: 481px; width: 720px;" /> </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<br />
<h6 style="font-weight: bold;">
Ficha técnica:</h6>
<h6 style="font-style: italic;">
Direção
geral e coreográfica: Jussara Miranda / Direção artística: Diego Mac /
Direção de cena: Jezebel de Carli / Bailarinos criadores: William
Freitas, Denis Gosch, Letícia Paranhos, Rossendo Rodrigues e Didi Pedone
/ Produção: Marcinhò Zola / Luminotécnica: Mauricio Moura / Trajes:
Daniel Lion / Identidade visual: Sandro Ka / Site: Diego Leismann</h6>
<h6 style="font-style: italic;">
</h6>
<h6 style="font-style: italic;">
</h6>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
Desvio é um projeto da Muovere cia de Dança, grupo de dança contemporânea de Porto Alegre com 23 anos de história. É um dos espetáculos gaúchos que concorrem ao Prêmio Braskem 2012 - que será entregue no final do Festival Poa em Cena. Seu projeto foi contemplado pelo Fumproarte (Prêmio de Incentivo Cultural da Secretaria Municipal de Porto Alegre). Esteve em cartaz nesta quinta em uma única apresentação. </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
O que nos faz desviar de nosso caminho habitual? O que nos faz mudar a rota, a forma, o meio? De que modo somos e permitimos ser influenciados em nossas trajetórias pelas ações individuais e sociais que nos contornam? De que forma a criação artística individual pode ser violada com talentos concomitantes?</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
São questionamentos possíveis de serem vistos na obra criada coletivamente pelos bailarinos Dênis, Letícia, Rossendo e William, estes, por sua vez, dirigidos por Jussara, Diego e Jezebel. Em cena, todos muito parecidos, muito semelhantes. Todos com sua rota demarcada pelas sinalizações urbanas. E de repente, o acontecimento que modifica o curso natural do indivíduo.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
Desvio fala da cidade em que moramos, do caminho que fazemos de casa ao trabalho, ao shopping, ao dentista, fala de obediência e subversão, do retilíneo e do sinuoso. De como os seres dividem as trajetórias, uns passando por cima do outro, literalmente. </div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
Certa vez estava dentro de uma loja agachado, olhando as caractertísticas de um produto que me interessava comprar. Eu estava na rota da mulher que por ali passaria, de uma forma ou outra. Desvio fala de como a mulher passou por cima de mim para seguir o seu caminho.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
Embora Desvio pareça ser um espetáculo criado para ser apresentado em qualquer espaço urbano, a iluminação de Maurício Moura criada para as apresentações no estacionamento do Centro Cultural Lupicínio Rodrigues merece toda a reverência que lhe for dedicada. Ela reforça a idéia das trajetórias, do espaço dos burgos contemporâneos, das luzes inquietantes das postes , fachadas e faróis de automóveis, que parecem dirigir-se contra a platéia e os bailarinos.</div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
Mais detalhes sobre a Muovere:<br />
www.muovere.com.br</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/5A8mHNDt7A8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br /></div>
<br />Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-28036839616867260672012-09-06T04:37:00.004-03:002012-09-06T04:42:17.774-03:00Segundo dia do Festival em CenaNesta quarta, o Porto Alegre em Cena teve quatro espetáculos em cartaz. Tive a velocidade de assistir três deles.<br />
<br />
<a href="http://blogs.varazimteatro.org/wp-content/uploads/2010/09/cao_que-morre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://blogs.varazimteatro.org/wp-content/uploads/2010/09/cao_que-morre.jpg" border="0" src="http://blogs.varazimteatro.org/wp-content/uploads/2010/09/cao_que-morre.jpg" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Interessante como se pode fazer teatro com aquilo que é mais simples. <b>Cão que morre não ladra</b> investe em uma dramaturgia absurda. A impressão é que a peça tenha surgido em um único improviso, tão espontâneo e despretencioso soa o enredo. Sabe-se o tempo todo o que vai acontecer, mas não se sabe como vai acontecer.<br />
<br />
Mas um olhar mais instigado poderia ver diversas reflexões sobre o comportamento humano. Me obtive no princípio da negação da realidade, prática tão comum praticada por quase todo o humano; ignorar completamente determinado fato e suas conseqüencias por conveniência e insensibilidade. As personagens fazem isso o tempo todo, por vezes cheios de boas vontades, mas brutamente resistentes à perda de seus pequenos domínios.<br />
<br />
A peça tem um cachorro morto em cena o tempo todo, que parece de verdade, com língua e tudo. Este cachorro é o catalisador de uma série de outros eventos tragicamente absurdos que motivam as personagens, cada um em seu ânimo específico. O comportamento e o movimento daquele boneco que imitava o "cão morto" parece ter sido o modelo de energia corporal para os atores - uma longa demonstração de técnica teatral e uso preciso dos elementos.<br />
<br />
É a partir também desse cão que encontramos os momentos mais sensíveis da peça. Interessante como o amor aos animais é um tema mobilizador. A simples cadeia de acontecimentos em volta do canino arrancou momentos de extremo saudosismo e cumplicidade com a platéia. <br />
<br />
Da atriz Marta Cerqueira, chama a atenção a exímia capacidade de domínio do físico. O movimento de pernas, tornozelos, joelhos da atriz é surpreendente, bem como as articulações superiores. Essa capacidade parece garantir a execução ímpar de sua performance.<br />
<br />
Jorge Cruz e Tiago Vegas assumem muito apropriadamente seus papéis, em um trabalho de caracterzação singular, o que deve-se também a investigação física dos atores. Além disso, sabem muito bem indicar o que interessa na cena: a triangulação é sempre bem executada e o foco para ação principal é claro e sem mistérios.<br />
<br />
A companhia do Chapitô nos presenteia neste festival com seu belíssimo <b>"Cão que Morre não Ladra",</b> com mais duas apresentações no Teatro do SESC às 19h.<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">FICHA TÉCNICA:</span><br />
<h6 style="font-style: italic;">
<span style="font-weight: bold;">Direção:
John Mowat / Criação: Coletiva / Elenco: Jorge Cruz, Marta Cerqueira e
Tiago Viegas / Assistente de Direção: Katrina Brown / Gravação e Edição
Áudio: Tiago Cerqueira / Cenografia: Kevin Plum / Produção: Tânia Melo
Rodrigues / Tradução de textos: Carole Garton / Iluminação: Luís Moreira
e Paulo Cunha / Duração: 60min / Recomendação Etária: 12 anos</span></h6>
<a href="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/13923623.jpg?w=620" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/13923623.jpg?w=620" border="0" height="425" src="http://zerohora.rbsdirect.com.br/imagesrc/13923623.jpg?w=620" width="640" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Em breve, relatos de outros espetáculos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-22678256811715108562012-09-04T19:34:00.000-03:002012-09-04T19:34:16.268-03:00<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000; font-size: x-large;">HOJE</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000; font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<h2>
Memórias - uma homenagem a Carlinhos Hartlieb</h2>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="" height="640" src="http://img.gruposinos.com.br/1/0/75/183.jpg" title="CARLINHOS" width="481" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: #f4fbf3; border: 1px solid rgb(180, 212, 186); font-family: verdana, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative; text-align: left;">
<strong><span style="color: red;">FICHA TÉCNICA</span></strong></div>
<div style="background-color: #f4fbf3; border: 1px solid rgb(180, 212, 186); font-family: verdana, arial, helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin: 10px 0px; padding: 10px; position: relative; text-align: left;">
<strong><span style="color: red;">Direção: Rene Goya Filho / Direcão musical: Marcelo Delacroix / Concepção e roteiro: Marcelo Delacroix e Rene Goya Filho / Músicos: Marcelo Delacroix (voz e violão), Vivian Schafer (voz), Mateus Mapa (flauta e voz), Nicola Spolidoro (violão, guitarra e vocais), Beto Chedid (charango, bandolim, harmônica e vocais), Luciano Albo (baixo) e Duda Guedes (percussão e bateria) / Iluminação: Gerry Márquez / Produção Executiva: Andréa Avila – Garota Vinil Produtora / Duração: 90min / Recomendação Etária: Livre</span></strong></div>
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-43031972252892031302012-09-04T18:52:00.000-03:002012-09-04T19:35:29.442-03:00O GRANDE FESTIVALEm setembro, Porto Alegre fica polvorosa. Não, isso não é uma declaração de amor ao Rio Grande, e, portanto, não tem nada a ver com o Feriado Farroupilha. Estamos falando do maior festival de artes cênicas do país, com certeza por seu porte e abrangência: eis o 19º Porto Alegre em Cena.<br />
<br />
São 67 espetáculos no decorrer de 20 dias, espalhados em 14 espaços culturais (e outros 18 espaços não-convencionais pelo projeto "Descentralização"), 12 atividades formativas, envolvendo diretamente mais de 200 profissionais. A cidade se mobiliza para receber artistas do mundo todo, possibilitando uma verdadeira integração artística entre as diferentes culturas que se cruzam. Se hoje pudéssemos definir uma data importante no calendário da cidade, certamente em todos os viés sociais que reverbera, o Poa em Cena é um período de extrema riqueza e abundância.<br />
<br />
O encantamento com o festival é digno de ser notado por quem mora na cidade e pra quem é de fora; quem trabalha na organização ou quem só assiste; dos acadêmicos aos jubilados; dos apaixonados e dos ferozes. Até quem odeia, ama o Em Cena. E se fala mal, é por que o quer desesperadamente.<br />
<br />
O festival já é responsável também por histórias folclóricas, que transitam no imaginário coletivo e transformam momentos inquietantes em propriedade popular.<br />
<br />
Ao longo do mês de setembro, farei uma breve incursão por fatos que merecem ser notados dentro do universo deste grande evento, que mobiliza a classe artística nacional, sem, contudo, desfavorecer em nenhum momento de sua história, o trabalho e o talento dos artistas locais.Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1960082591021773795.post-9384139922931950622012-09-04T17:42:00.002-03:002012-09-04T17:42:44.568-03:00<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há alguns meses tenho comentado para amigos e colegas da lida artística, e, de certa forma, essa constataçao é quase unânime pra quem se importa ao menos um pouco com as artes, que ninguém mais escreve sobre teatro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Precisamos escrever sobre teatro! Precisamos de gente que quer escrever sobre teatro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E então eu renovo meu espírito de comunicador, aquele que encontrou escola na Famecos e que nos últimos anos adormecia enquanto se dava a explosão soberana da peste teatral, que eles venham à tona agora, em conjunto, no momento em que surge a possibilidade de formar o Núcleo.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Núcleo é onde tudo se concentra. É o centro de união. É onde o bruto emerge, onde as matérias primas se fundem com idéias. Um lugar de mútua atração, onde os elementos apenas coexistem. Um plano onde pensamentos diferentes, mas convergentes, se complementam, onde artistas encontram o apoio coletivo que necessitam para manifestar suas expressões mais genuínas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Artistas são pessoas livres, por essência. Pessoas que acreditam na liberdade como paradigma máximo para a verdadeira expressão artística. Artistas são rigorosos, por vocação. Não desistem nunca na pretensão de dar vazão às suas angústias e satisfações. Artistas que possuem em seu seio o licor do respeito, por que artistas respeitam, sobretudo, à arte de todos os artistas, na sua forma mais livre, espontânea e fervorosa. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este blog nasce hoje e quer falar sobre teatro e, sobretudo, arte. Sirvam-se.</span><br />
Gustavo Susinhttp://www.blogger.com/profile/16053919219562838635noreply@blogger.com1